“Foi irresponsabilidade”, diz avó de menino que morreu em van escolar
Avó de Apollo Gabriel, de 2 anos, afirmou que garoto foi vítima de irresponsabilidade do motorista que o esqueceu dentro de van escolar
atualizado
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São Paulo — A avó de Apollo Gabriel, menino de 2 anos que morreu após ser esquecido em uma van escolar, na Vila Maria, zona norte de São Paulo, afirmou que a criança foi vítima de irresponsabilidade e pediu justiça.
“Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber [que o menino ainda estava atrás] na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou Luzinete Rodrigues dos Santos, em entrevista à TV Globo.
Segundo a avó, o menino foi colocado na van para ir à escola por volta das 7h, mas não foi deixado na unidade. O motorista, de 45 anos, só percebeu que a criança havia ficado no veículo cerca de 6 horas depois, às 15h30. O garoto estava desacordado.
O motorista da van levou a criança para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como PS Vermelhinho, na Vila Maria, mas ela já chegou ao local morta.
A suspeita, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, é que Apollo não tenha resistido às altas temperaturas registradas em São Paulo nessa terça-feira (14/11).
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE), a tarde foi de forte calor, com termômetros em média dos 37,3°C, e os menores valores de umidade relativa do ar próximos aos 21%. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, no Jaçanã.
A Secretaria Municipal da Educação informou, em nota, que o motorista do Transporte Escolar Gratuito já foi descredenciado. Além disso, a pasta confirma que um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos.
“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação”, afirmou a secretaria.