“Fluxo” da Cracolândia cresce 47% no 2º semestre, mostra mapeamento
Dados foram retirados de sistema de monitoramento com drones da Prefeitura de São Paulo sobre a Cracolândia
atualizado
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São Paulo – A quantidade de dependentes químicos que habitam a região da Cracolândia, no centro de São Paulo, cresceu quase 47% no segundo semestre de 2023, em comparação com o primeiro. Os dados foram retirados do Dronepol, sistema da prefeitura da capital que mapeia as cenas de consumo de crack no centro por meio de drones.
No primeiro semestre, a média diária de usuários de droga no chamado “fluxo” da Cracolândia a cada momento foi de 346 durante o dia, de acordo com dados do sistema. Até esta quarta-feira (13/12), a média diária é de 501 durante o dia.
De acordo com dados do Dronepol, os dependentes químicos estiveram concentrados em 12 diferentes ruas do centro de São Paulo durante o ano. Segundo o monitoramento, em dezembro de 2023, eles estão concentrados na Rua dos Protestantes.
Ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Urbana informou que, ao contrário do que sugerem os números, não houve necessariamente um aumento no número de usuários de drogas no centro de São Paulo. O que ocorreu, segundo a pasta, foi uma maior concentração deles.
“No primeiro semestre de 2023 havia maior dispersão de usuários de álcool e outras drogas em situação de vulnerabilidade social na região da Luz, sobretudo na região de Campos Elíseos. No segundo semestre, ocorreu uma maior concentração dos dependentes químicos na região da Luz, sobretudo na região da Santa Ifigênia/Rua dos Protestantes”, diz a secretaria, em nota.
A pasta afirma, ainda, que os dados do Dronepol estão sujeitos a problemas técnicos, como condições meteorológicas e grandes quantidades de resíduos ou vegetação, o que pode gerar imprecisões.
“O aumento ou diminuição do número de pessoas na cena aberta de uso de drogas da região da Luz tem explicação multifatorial. Diversos aspectos podem influenciar na flutuação desses números, dentre os quais é possível citar: a época do ano; o calendário de recebimento de benefícios sociais; as condições climáticas; dinâmicas territoriais, entre outros”, conclui a Secretaria de Segurança Urbana.