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Flamenguista preso trocou de blusa para não ser identificado, diz TJSP

Torcedor carioca foi detido em cumprimento a um mandado de prisão temporária de 30 dias; ele seria interrogado no DHPP

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Foto colorida de torcedor do Flamengo, de barba, ventindo camiseta ddo cllube carioca em catraca do estádio do Palmeiras, em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de torcedor do Flamengo, de barba, ventindo camiseta ddo cllube carioca em catraca do estádio do Palmeiras, em São Paulo - Metrópoles - Foto: Reprodução/MPSP

São Paulo – O torcedor do Flamengo preso nesta terça-feira (25/7), sob a suspeita de matar a palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, trocou de blusa logo após jogar a garrafa que cortou o pescoço da vítima, afirma documento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

De acordo com decisão assinada pela juíza Marcela Raia de Sant’Anna, que decretou a prisão temporária de 30 dias do torcedor carioca, nessa segunda-feira (24/7), Jonathan Messias Santos da Silva, 33, usava uma blusa cinza durante a briga na qual a vítima foi ferida, no último dia 8. Gabriela morreu dois dias depois.

Em sua decisão, a magistrada destaca relatório do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no qual é mostrado que Jonathan “na tentativa de não ser identificado” trocou a blusa, no momento do arremesso da garrafa, “por uma camiseta do time Flamengo, de cor predominantemente branca.”

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Entrada de flamenguista em estádio foi registrada por sistema de identificação facial do Palmeiras
Jonathan foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária de 30 dias
Jonathan é conduzido por policial civil, logo após ser preso no Rio de Janeiro
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DHPP irá pedir a prisão preventiva do torcedor do Flamengo

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Entrada de flamenguista em estádio foi registrada por sistema de identificação facial do Palmeiras

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Jonathan foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária de 30 dias

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Jonathan é conduzido por policial civil, logo após ser preso no Rio de Janeiro

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Foi com essa blusa que ele ingressou no Allianz Parque, na capital paulista. A entrada dele foi registrada pelo sistema de identificação facial do estádio (foto em destaque), usado pelo departamento policial nas investigações do caso.

“Com sua atitude logo após a prática do crime, de fugir da cena e de trocar de camisa com a finalidade de dificultar sua identificação, [Jonathan] dá mostras de que, solto, não irá colaborar com as investigações, sendo a prisão necessária para a cabal apuração dos fatos e suas circunstâncias”, afirma Marcela Raia em trecho da decisão judicial.

Com base nas investigações do DHPP, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o torcedor carioca pelo assassinato da palmeirense e pela tentativa de homicídio de outro torcedor, também ferido durante a briga.

A pedido do departamento de homicídios paulista, o TJSP expediu um mandado de prisão temporária de 30 dias, cumprido na manhã desta terça-feira no subúrbio da capital carioca. A prisão pode ser prorrogada por mais 30 dias, segundo parecer da Justiça.

Apesar disso, como revelado pelo Metrópoles, a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, afirmou que pretende solicitar a prisão preventiva do suspeito, ou seja, por tempo indeterminado, “após interrogatório e juntada de outros laudos”.

O torcedor carioca iria prestar depoimento ainda nesta terça no DHPP. Nenhum advogado havia sido localizado até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Vídeo mostra torcedor do Flamengo sendo conduzido por policiais

 

Prisão

O torcedor do Flamengo Jonathan Messias Santos da Silva estava dormindo em sua casa, no bairro de Campo Grande, subúrbio do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, quando a polícia chegou ao local para prendê-lo.

Investigações do DHPP indicam que Jonathan é o homem de barba e camiseta cinza que aparece em um vídeo atirando uma garrafa pelo espaço entre os tapumes que separavam as torcidas do Palmeiras e do Flamengo durante uma briga.

Segundo a Polícia Civil paulista, Jonathan mora em Campo Grande com a mulher e um filho. Ele é professor e não tinha antecedentes criminais.

A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, afirmou em entrevista coletiva que Jonathan é membro de uma torcida organizada do Flamengo de menor porte, mas não disse qual. Segundo ela, o torcedor pareceu surpreso com a chegada da polícia.

“Acho que ele não esperava isso, pelo menos não hoje. Mas foi muito divulgado. Óbvio que ele sabia que era ele. Então, a gente tentou agir com a maior rapidez, para evitar que ele saísse da cidade ou algo assim, porque aí ficaria mais difícil para a gente”, disse Ivalda.

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em frente ao Allianz Parque (na foto com o irmão, Felipe Anelli)

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP; enquanto estava internada, família pediu doações de sangue

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Nota de pesar do Palmeiras após morte da torcedora Gabriela Anelli Marchiano

Inocente solto

Na mesma noite da briga entre torcidas, a Polícia Militar prendeu Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos. O delegado Cesar Saad, que até então era responsável pelo caso, afirmou que ele teria confessado que jogou a garrafa que atingiu Gabriela. Em depoimento, no entanto, Leonardo disse apenas que jogou pedras de gelo.

O suspeito foi solto no último dia 12, após pedido do Ministério Público de São Paulo. O promotor Rogério Zagallo afirmou que imagens feitas por torcedores mostram que, na verdade, foi o homem de barba e camiseta cinza o responsável por atirar a garrafa que atingiu a palmeirense.

Zagallo disse que o delegado Saad falou “inverdade” e tipificou uma falácia. O promotor pediu que o caso fosse transferido para o DHPP, o que foi acatado pela Justiça.

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