Torcedor preso era diretor-adjunto de escola no Rio; ele foi afastado
Jonathan Messias Santos da Silva ganhava R$ 7.397 mensais; secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro diz que ele foi afastado
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva, preso nessa terça-feira (25/7) pela morte de uma torcedora do Palmeiras, era diretor de uma escola municipal do Rio de Janeiro. O suspeito, de 33 anos, será ouvido nesta quarta-feira (26/7) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo.
Jonathan era professor e diretor-adjunto na Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, no bairro Campo Grande, onde o suspeito morava. De acordo com o site da Prefeitura do Rio de Janeiro, ele tinha uma remuneração de R$ 7.397 mensais.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro diz que Jonathan foi afastado.
“É um crime lamentável. Se realmente esse acusado tiver cometido esse crime, a gente lamenta profundamente que um professor tenha cometido algo assim. Obviamente, ele não representa essa classe tão importante para o país”, disse o secretário de Educação, Renan Ferreirinha, nas redes sociais.
Jonathan Messias Santos da Silva, de 33 anos, tem um filho de 2 anos e estava com um irmão e dois amigos em São Paulo no dia da confusão entre as torcidas do Flamengo e do Palmeiras. O suspeito não tem antecedentes criminais.
Troca de camiseta
De acordo com decisão assinada pela juíza Marcela Raia de Sant’Anna, que decretou a prisão temporária de 30 dias do torcedor carioca, nessa segunda-feira (24/7), Jonathan Messias Santos da Silva, 33, usava uma blusa cinza durante a briga na qual a vítima foi ferida, no último dia 8. Gabriela morreu dois dias depois.
Em sua decisão, a magistrada destaca relatório do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no qual é mostrado que Jonathan “na tentativa de não ser identificado” trocou a blusa, no momento do arremesso da garrafa, “por uma camiseta do time Flamengo, de cor predominantemente branca”.
Corte na jugular
Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, morreu na manhã do último dia 10 em decorrência de um ferimento na jugular. O laudo da perícia indica que ela foi atingida por um estilhaço de uma garrafa de vidro que se chocou contra o tapume que separava torcedores de Flamengo e Palmeiras.
A investigação da Polícia Civil aponta que ela estava envolvida na briga de torcida. A jovem, integrante da Mancha Verde, e um grupo de torcedores do Palmeiras teriam entrado no espaço designado à torcida do Flamengo momentos antes de as garrafas serem arremessadas, dos dois lados.
O corpo de Gabriela foi enterrado no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, Grande São Paulo. O velório contou com a participação de torcidas organizadas do Palmeiras, que cantaram hinos e prestaram homenagens à torcedora.