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Flamenguista preso em SP usa cartinhas de alunos para pedir liberdade

Diretor de escola municipal no RJ, o flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva é acusado de matar a palmeirense Gabriela Anelli

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Montagem com duas imagens. À esquerda, carta escrita por aluno, com coração desenhado. À direita, foto de Joanathan com a camisa do Flamengo - Metrópoles
1 de 1 Montagem com duas imagens. À esquerda, carta escrita por aluno, com coração desenhado. À direita, foto de Joanathan com a camisa do Flamengo - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – Para tentar livrá-lo da cadeia, a defesa do flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva, de 33 anos, mandou para a Justiça paulista uma série de cartinhas de estudantes que pedem a sua liberdade. O professor é réu por atirar a garrafa de vidro que matou a palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23, na capital paulista.

Ao todo, 30 cartas de próprio punho foram anexadas pela defesa do flamenguista, no dia 17 de agosto, para revogar sua prisão preventiva. No material (leia abaixo), obtido pelo Metrópoles, crianças afirmam que Jonathan seria “o melhor diretor do mundo” e dizem estar com saudade.

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Flamenguista está preso em SP desde julho
Flamenguista é acusado de atirar garrafa de virdro que matou palmeirense
Material foi mandado para a Justiça para "atestar" caráter de preso
Flamenguista é diretor de escola desde 2019
Colegas de trabalharam também escreveram cartas de próprio punho
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Flamenguista é diretor de escola municipal no RJ

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Flamenguista está preso em SP desde julho

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Flamenguista é acusado de atirar garrafa de virdro que matou palmeirense

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Material foi mandado para a Justiça para "atestar" caráter de preso

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Flamenguista é diretor de escola desde 2019

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Colegas de trabalharam também escreveram cartas de próprio punho

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Defesa de flamenguista anexou 30 cartas no processo de homicídio

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Estudantes afirmam que amam direitor e que estão com saudade

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Flamenguista está preso sob acusação de matar palmeirense

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Colegas de trabalho, vizinhos e até um policial militar também descrevem Jonathan como uma pessoa “idônea”, “prestativa”, de “coração bondoso” e “incapaz de cometer um ato de maldade”. O pedido para responder o processo em liberdade foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

“[Jonathan] sempre demonstrou gentileza, educação exemplar e cordialidade com todos com quem convive. Disponível para ajudar os amigos, responsável e de um caráter ímpar”, diz uma das cartas. Outra o descreve como “ser humano digno, religioso e respeitoso com sua família”.

Servidor concursado, Jonathan atuava como professor e diretor-adjunto da Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, antes de ser preso.

Investigação

O crime aconteceu no dia 8 de julho, em frente ao Allianz Parque, na capital paulistana, horas antes da partida entre Palmeiras e Flamengo, válida pelo Campeonato Brasileiro.

Na ocasião, Jonathan viajou para São Paulo com um irmão e dois amigos para acompanhar o jogo no estádio adversário. Pai de um menino de 2 anos, ele não tinha antecedentes criminais até então.

Investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) aponta que o professor estava na confusão entre as torcidas e foi responsável por arremessar a garrafa que atingiu o pescoço de Gabriela. A jovem morreu de hemorragia.

A conclusão da Polícia Civil foi feita com base no cruzamento de imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas. Chamado a prestar depoimento, Jonathan ficou em silêncio durante o interrogatório na delegacia.

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em frente ao Allianz Parque (na foto com o irmão, Felipe Anelli)

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP; enquanto estava internada, família pediu doações de sangue

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Nota de pesar do Palmeiras após morte da torcedora Gabriela Anelli Marchiano

Denúncia

O professor foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), em 14 de agosto, por homicídio com dolo eventual – quando o autor assume o risco de matar alguém. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia seguinte.

Para o promotor Rogério Zagallo, o crime aconteceu por motivo fútil, sem chance de defesa para a vítima e com utilização de meio que gerou perigo comum.

“Jonathan realmente assumiu o risco de causar a morte da ofendida, sobretudo porque, enraivecido por causa da rivalidade futebolística, lançou uma garrafa de vidro contra o grupo de pessoas no qual ela se encontrava, direcionando sua ação contra a cabeça dos torcedores rivais”, escreveu, na denúncia.

No processo, a defesa do flamenguista alega que a acusação é falsa e contratou um perito, “expert em análise de imagens”, para contestar as provas produzidas. Uma das teses da defesa é que os vídeos usados na investigação não seriam “originais”.

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