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Fim da comida grátis: greve de alunos de medicina pode afetar hospital

Alunos de medicina, enfermagem e psicologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, no interior do estado, marcaram uma greve

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1 de 1 hospital de base 2 - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

São Paulo – Os alunos dos cursos de medicina, enfermagem e psicologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), no interior do estado, marcaram uma greve para quarta-feira (15/3). A paralisação pode afetar o Hospital de Base da cidade, porque parte desses estudantes atua e faz plantões na unidade de saúde.

A mobilização estudantil acontece após os alunos do 5º e 6º ano de medicina, 5º ano de psicologia e 4º de enfermagem perderem, na segunda-feira (6/3), o direito de se alimentar gratuitamente no restaurante que atende os funcionários do Hospital de Base. Desde então, esse grupo precisa pagar R$ 10, mesmo valor pago por estudantes dos outros anos desses cursos.

“Não temos aqui um bandejão, um restaurante universitário, só temos o refeitório do hospital. Então temos que pagar R$ 10, nos bandejões os alunos pagam R$ 2”, afirma uma estudante de 24 anos do 3º ano de medicina, que não quer se identificar por medo de represálias.

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Hospital de Base de Rio Preto é o segundo maior complexo hospitalar do Brasil em atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)
Restaurante do Hospital de Base também é usado por alunos da Famerp
Alunos da Famerp afirmam que não foram comunicados sobre fim da gratuidade
Estudantes dizem que apenas foram barrados nas catracas
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Hospital de Base de Rio Preto atende mais de 2 milhões de habitantes de 104 municípios da região Noroeste do Estado

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Hospital de Base de Rio Preto é o segundo maior complexo hospitalar do Brasil em atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)

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Restaurante do Hospital de Base também é usado por alunos da Famerp

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Alunos da Famerp afirmam que não foram comunicados sobre fim da gratuidade

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Estudantes dizem que apenas foram barrados nas catracas

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Os estudantes afirmam que a gratuidade é necessária, porque esses grupos atuam e fazem plantões de até 12 horas na unidade de saúde. Os alunos também dizem que não foram avisados previamente pelo Hospital de Base ou pela direção da Famerp, apenas foram barrados nas catracas.

Apesar do fim da gratuidade afetar apenas um grupo, os estudantes afirmam que a paralisação tem adesão de alunos de todos os anos.

“Na graduação, prestamos um serviço para o hospital, é como se estivéssemos trabalhando, mas ainda somos estudantes, então não recebemos salário, não temos uma renda para nos sustentar. A gratuidade garante a permanência dos estudantes na faculdade. Muitos estudantes emendam o estágio com o plantão, não dá tempo de voltar para casa para cozinhar e comer”, diz a aluna integrante do centro acadêmico de medicina.

Hospital de Base

A Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Funfarme) afirmou, em nota ao Metrópoles, que o fim da gratuidade ocorreu para equilibrar o orçamento do Hospital de Base de Rio Preto, que atende mais de 2 milhões de habitantes de 104 municípios da região noroeste do estado.

Segundo o comunicado, a diretoria tomou “uma série de medidas” para “equacionar os custos da instituição”, mantendo os serviços de qualidade do segundo maior complexo hospitalar do Brasil em atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Dentre as medidas, a fundação decidiu que, assim como mais de 2 mil funcionários do complexo hospitalar já pagam pela refeição, a preço subsidiado, abaixo dos praticados no comércio, os internos de medicina, psicologia e enfermagem também passarão a pagar”, diz a nota. “A instituição afirma que os os internos de baixa renda e os internos, ao fazerem plantão, continuarão com a isenção do pagamento de refeição”, diz a Funfarme.

Famerp

A Diretoria Geral da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) afirmou em nota ao Metrópoles que se reuniu na sexta-feira (10/3) com representantes dos cursos de medicina, enfermagem e psicologia, para mediar uma negociação com o diretor-executivo da Funfarme, Jorge Fares.

“Um estudo está sendo feito para que alunos que não permanecem em período integral na faculdade paguem apenas um valor simbólico, o mesmo pago por colaboradores do complexo. Alunos do internato e plantonistas seguirão isentos de cobrança, assim como os cerca de 180 alunos do Centro de Apoio Social ao Aluno (CASA)”, diz a Famerp.

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