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Febre maculosa: SP investiga pelo menos 21 suspeitas; 5 estiveram em festa

Levantamento foi feito com base em informações de prefeituras; Secretaria de Saúde do estado não divulga casos suspeitos de febre maculosa

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Imagem colorida de show na fazenda Santa Margarida
1 de 1 Imagem colorida de show na fazenda Santa Margarida - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – Pelo menos 21 casos suspeitos de febre maculosa estão em investigação, na tarde desta sexta-feira (16/6), nas cidades de Jundiaí, Itupeva, Santa Isabel e Americana. Desses, cinco são de pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida, foco de um surto registrado em Campinas nos últimos dias.

O levantamento foi feito com base em informações de prefeituras, já que a Secretaria de Saúde do estado de SP não divulga dados sobre casos suspeitos de febre maculosa. Mas a pasta emitiu alerta para que as pessoas que estiveram no local no período de 27 de maio a 11 de junho fiquem atentas se apresentarem febre, dor pelo corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas.

Em Jundiaí, sete casos suspeitos de febre maculosa são investigados. Dois pacientes estiveram na Santa Margarida. Os demais relataram ter frequentado áreas verdes na região de Jundiaí e em outras cidades.

Outro caso suspeito é investigado em Itupeva. Uma moradora procurou atendimento médico depois de sentir dores de cabeça e no corpo. Ela não esteve em Campinas.

Em Americana, nove pacientes aguardam resultados de análises biológicas enviadas ao Instituto Adolfo Lutz. Um deles esteve no local de origem do surto em Campinas.

A Prefeitura de Americana confirmou uma morte pela doença nesta sexta, mas a febre maculosa teria sido contraída em Limeira.

Em Santa Isabel, são quatro casos suspeitos, dois deles de pessoas que estiveram da fazenda Santa Margarida. A prefeitura monitora um grupo de 22 pessoas que esteve na fazenda a trabalho. Oito são moradores da cidade e dois estão com sintomas.

Quatro pessoas que estiveram na Feijoada do Rosa, na Fazenda Santa Margarida, em 27 de maio, morreram de febre maculosa.

Também estão sendo investigados casos suspeitos de pessoas que estiveram no mesmo local, em 3/6, no show do cantor Seu Jorge.

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Com febre maculosa, dentista procurou três hospitais diferentes
Érissa Nicole Santos Santana, adolescente de 16 anos
Douglas tinha 42 anos
Douglas Costa
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Dentista Evelyn Karoline Santos, 28 anos, vítima de febre maculosa

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Com febre maculosa, dentista procurou três hospitais diferentes

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Érissa Nicole Santos Santana, adolescente de 16 anos

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Douglas tinha 42 anos

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Mariana era dentista e biomédica

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Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano

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Douglas e Mariana morreram no mesmo dia

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Carrapato-estrela, responsável por transmitir a febre macuolosa

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é transmitida por algumas espécies de carrapatos.

A infecção apresenta alta taxa de letalidade, mas tem cura. O tratamento deve ser iniciado precocemente com antibióticos específicos.

Sintomas

  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.

Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a
    doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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