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Febre maculosa: estado de SP registra 16 casos com 7 mortes neste ano

Dados atualizados sobre febre maculosa foram divulgados pelo Instituto Adolfo Lutz nesta quarta (14); morte de adolescente segue em análise

atualizado

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CDC / Dr. Christopher Paddock / James Gathany
Carrapato-estrela é o responsável por transmitir a febre maculosa
1 de 1 Carrapato-estrela é o responsável por transmitir a febre maculosa - Foto: CDC / Dr. Christopher Paddock / James Gathany

São Paulo – O Instituto Adolfo Lutz divulgou na noite desta quarta-feira (14/6) os últimos dados sobre a febre maculosa no estado de São Paulo. Neste ano, foram registrados 16 casos da doença com sete mortes, incluindo as três pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas.

Em 2022, foram registrados 63 casos de febre maculosa no estado, com 44 óbitos confirmados. Já em 2021, houve 87 ocorrências e 48 óbitos.

Um dos óbitos foi acrescentado ao sistema nesta quarta, mas a morte ocorreu em março, em Limeira, e portanto não tem relação com o surto recente em Campinas. Trata-se de um homem sem idade informada nem as circunstâncias da morte.

O instituto não informa o número de casos suspeitos. Amostras biológicas da adolescente Érissa Santana, de 16 anos, estão em análise. A jovem esteve na Fazenda Santa Margarida durante a Feijoada do Rosa, e morreu nessa terça (13).

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Com febre maculosa, dentista procurou três hospitais diferentes
Érissa Nicole Santos Santana, adolescente de 16 anos
Douglas tinha 42 anos
Douglas Costa
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Dentista Evelyn Karoline Santos, 28 anos, vítima de febre maculosa

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Com febre maculosa, dentista procurou três hospitais diferentes

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Érissa Nicole Santos Santana, adolescente de 16 anos

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Douglas tinha 42 anos

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Douglas Costa

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Mariana era dentista e biomédica

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Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano

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Douglas e Mariana morreram no mesmo dia

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Carrapato-estrela, responsável por transmitir a febre macuolosa

 

A Prefeitura de Campinas confirmou que outros dois casos suspeitos de febre maculosa estão em análises: são mulheres que também estiveram na fazenda. As duas estão internadas em hospitais da cidade.

Uma delas, entretanto, teria sido infectada na fazenda no dia 3 de junho, quando o local recebeu um show do cantor Seu Jorge.

A dentista Evelyn Karoline Santos, de 28 anos, é a morte mais recente com diagnóstico de febre maculosa confirmado. Também foram vítimas da doença a dentista Mariana Giordano, 36 anos, e o piloto Douglas Costa, 42, namorado dela. Os três participaram da Feijoada do Rosa e morreram em 8 de junho.

Estado em alerta

Mais cedo, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) emitiu alerta para que as pessoas que estiveram em eventos na Fazenda Santa Margarida procurem atendimento médico caso apresentem sintomas de febre maculosa.

O alerta, feito pela Secretaria de Saúde de São Paulo, destaca que as pessoas que estiveram no local no período de 27 de maio a 11 de junho devem ficar atentas se apresentarem febre, dor pelo corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas.

Também é preciso informar que esteve na região de Campinas, que registra surto da doença.

Além da fazenda e do município de Campinas como um todo, as regiões com maior frequência de casos são Piracicaba, Assis e Sorocaba.

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Quatro pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida morreram
Fazenda foi palco de feijoada
Ingresso custou até R$ 1 mil
Evento aconteceu em 27 de maio
Quem esteve no local reclamou de difícil acesso
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Fazenda Santa Margarida

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Quatro pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida morreram

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Fazenda foi palco de feijoada

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Ingresso custou até R$ 1 mil

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Evento aconteceu em 27 de maio

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Quem esteve no local reclamou de difícil acesso

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Prefeitura de Campinas fala sobre casos de febre maculosa

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Placa alerta sobre risco de febre maculosa

Eduardo Lopes/Arquivo PMC

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que tem taxa elevada de letalidade e é transmitida por algumas espécies de carrapatos. Apesar de ter cura, o tratamento é feito com antibióticos específicos e precisa ser iniciado precocemente.

Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato-estrela é alta. O ciclo de vida do carrapato inclui as seguintes fases: ovo, larva, ninfa e adulto.

“Ao se aventurar em regiões de mata e cachoeira, é importante estar ciente que estamos no período de reprodução do carrapato-estrela, ocorrendo o risco de transmissão da febre maculosa pela picada. Caso em até 15 dias após este deslocamento, você apresente sintomas, deve procurar atendimento médico o mais rápido possível”, afirma Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo.

O período de incubação da febre maculosa é de dois a 14 dias. Portanto, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.

Os principais sintomas da febre maculosa são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.

Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger:

  • Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:
  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a
  • doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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