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Febre maculosa: fazenda onde houve surto fará obras em estacionamento

Fazenda Santa Margarida vai apresentar nesta sexta-feira (16/6) plano de contingenciamento solicitado pela Prefeitura de Campinas

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1 de 1 fazenda santa margarida 1 _resized_compressed - Foto: Seo Rosa/YouTube

São Paulo – A Fazenda Santa Margarida, local apontado pela Secretaria de Saúde de Campinas, interior de São Paulo, como o foco do surto de febre maculosa na cidade, fará obras em seu estacionamento para tentar garantir a segurança de seus visitantes. A ideia é construir plataformas que liguem o estacionamento à área de eventos, evitando a circulação por um trecho de mata em que pode haver carrapatos.

Os responsáveis pela fazenda devem apresentar nesta sexta-feira (16/6) o plano de contingência solicitado pela prefeitura como requisito para que o estabelecimento volte a receber shows. Na quarta (14/6), a fazenda anunciou que fecharia as portas por 30 dias. Eventos previstos para julho estão sendo transferidos para outros locais. Entre eles, um show do cantor Gusttavo Lima.

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Ingresso custou até R$ 1 mil
Evento aconteceu em 27 de maio
Quem esteve no local reclamou de difícil acesso
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Fazenda foi palco de feijoada

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Ingresso custou até R$ 1 mil

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Evento aconteceu em 27 de maio

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Quem esteve no local reclamou de difícil acesso

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O Departamento de Vigilância em Saúde afirmou em entrevista coletiva que uma solução seria a construção de plataformas que ligassem o estacionamento à parte cimentada da fazenda, como forma de evitar o contato com a grama e, consequentemente, com os insetos. O órgão também solicitou que o estabelecimento amplie o número de placas de aviso sobre os riscos da doença.

Pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida em 27 de junho, na Feijoada do Rosa, disseram que houve dificuldade para acessar o estacionamento do local. Segundo relatos, muitos motoristas de Uber tiveram que deixar os passageiros do lado de fora, e eles tiveram que passar por áreas onde havia mais mato.

Quatro pessoas que estiveram na fazenda durante a Feijoada do Rosa morreram de febre maculosa. Outros dois casos estão em investigação.

Febre maculosa

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. O principal sintoma da doença é febre alta, que pode ser confundida com outras enfermidades.

“Por isso, é importante que o médico sempre pergunte, ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, afirma Andrea von Zuben.

Os principais sintomas da febre maculosa são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
  • Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger:

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagá-lo com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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