Febre maculosa: fazenda lamenta mortes e diz que prefeitura é responsável por controle
Em nota, Fazenda Santa Margarida diz que responsabilidade por prevenir febre maculosa é da prefeitura de Campinas; três pessoas morreram
atualizado
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São Paulo – Apontada por autoridades sanitárias como local onde três pessoas contraíram febre maculosa e morreram, a Fazenda Santa Margarida divulgou nota nesta terça-feira (13/6) lamentando os óbitos e afirmando que o município de Campinas é responsável pelo controle e prevenção da doença.
A Fazenda Santa Margarida fica em uma área rural da cidade. No comunicado, o espaço de eventos afirma atender às “normas de vigilância sanitária” e seguir “rigoroso processo de manutenção e cuidados em relação ao espaço e sua conservação”.
“Essa enfermidade é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. Cabe ressaltar que a responsabilidade pelo controle e prevenção da febre maculosa é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente”, diz o texto.
A fazenda argumenta que a região rural de Campinas “sempre apresentou casos de febre maculosa”. A doença infecciosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida por algumas espécies de carrapatos.
Vítimas
O espaço recebeu uma tradicional feijoada no dia 27 de maio. Dias depois, três pessoas apresentaram sintomas de febre e dores de cabeça, compatíveis com a doença, e morreram. O local foi notificado pela Prefeitura de Campinas.
As vítimas são a dentista Mariana Giordano, 36 anos, Douglas Costa, 42, namorado dela, e uma moradora de Hortolândia, que não teve o nome divulgado. O diagnóstico de febre maculosa dos três foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz nesta terça.
Fiscalização
Segundo o comunicado, na segunda-feira (12), profissionais da Devisa estiveram na fazenda para analisar o local e realizar a validação das medidas adotadas.
“Ressaltamos que toda a documentação da fazenda está em conformidade e regularidade com os órgãos competentes e as exigências legais”, diz a nota. “É importante destacar que, nos últimos anos, nunca houve qualquer caso semelhante a este”.