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Febre maculosa: Campinas tem 1ª morte do ano pela doença do carrapato

Secretaria de Saúde de Campinas diz que primeira vítima de febre maculosa em 2024 é um homem de 24 anos que frequentou área de transmissão

atualizado

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Imagem colorida de carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, exposto em uma pinça - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, exposto em uma pinça - Metrópoles - Foto: Marijan Murat/picture alliance via Getty Images

São Paulo – A Secretaria de Saúde de Campinas, no interior paulista, confirmou nessa quarta-feira (29/5) a primeira morte por febre maculosa registrada na cidade em 2024.

Segundo a administração municipal, a vítima é um homem de 24 anos que frequentou a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, área conhecida de transmissão de febre maculosa, cujo principal vetor é o carrapato-estrela.

O paciente apresentou os primeiros sintomas em 4 de maio, de acordo com a pasta, e morreu no último dia 10/5.

A prefeitura de Campinas afirma que a área de transmissão é sinalizada com placas de alerta e decidiu “reforçar as orientações para prevenção à febre maculosa” após o caso.

Febre maculosa

A região metropolitana de Campinas é considerada endêmica para a doença. Em 2023, foram 20 diagnósticos e sete óbitos confirmados só na cidade.

O surto do ano passado teve como epicentro uma festa na Fazenda Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, também considerado área de transmissão, em que três mulheres e um homem morreram.

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Placa de alerta para febre maculosa em Campinas (SP)
Vítimas de febre maculosa
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Placa de alerta para febre maculosa em Campinas (SP)

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Placa de alerta para febre maculosa em Campinas (SP)

Divulgação/Prefeitura de Campinas
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Vítimas de febre maculosa

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A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim

Reprodução/Agência Minas

O evento na Fazenda Margarida aconteceu em 27 de maio de 2023 e reuniu mais de 3 mil pessoas. Por causa do episódio, a prefeitura reviu medidas de prevenção da doença.

Entre 2007 e 2022, Campinas havia registrado 68 mortes por febre maculosa – uma média de 4,2 casos por ano. O período de maior incidência da doença ocorre de agosto a novembro.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Sintomas

  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
  • Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como se proteger:

  • Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:
  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a
    doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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