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Febre maculosa: Adolfo Lutz confirma que doença matou piloto em SP

Análise feita pelo Instituto Adolfo Lutz confirma diagnóstico de febre maculosa do piloto Douglas Costa, que morreu em 8 de junho

atualizado

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Imagem colorida do piloto Douglas Costa
1 de 1 Imagem colorida do piloto Douglas Costa - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – Exame do Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, confirmou o diagnóstico de febre maculosa do piloto da Fórmula C300 Douglas Pereira Costa, 42 anos.

Ele e a namorada, a dentista Marina Giordano, 36, também vítima da doença, morreram na última quinta-feira (8/6). O piloto havia sido internado no dia anterior em um hospital particular de Jundiaí, no interior paulista, onde morava, com febre e dor de cabeça.

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Douglas Costa
Mariana era dentista e biomédica
Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano
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Douglas tinha 42 anos

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Douglas Costa

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Mariana era dentista e biomédica

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Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano

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Douglas e Mariana morreram no mesmo dia

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Por causa dos sintomas apresentados, a equipe médica notificou o caso como suspeito de dengue, leptospirose e febre maculosa. A confirmação do diagnóstico foi recebida nesta terça-feira (13) pela Vigilância Epidemiológica de Jundiaí.

No dia 27 de maio, Douglas e a namorada participaram de um evento na Fazenda Santa Margarida, em uma área rural de Campinas, também no interior, apontado como o provável local de infecção.

Uma mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia, também morreu após participar do evento. Neste caso, o diagnóstico de febre maculosa ainda não foi confirmado.

Cuidados

Segundo a prefeitura de Jundiaí, a morte de Douglas é o primeiro caso registrado de febre maculosa na cidade neste ano. “Em 2021 e 2022, um caso foi registrado em cada ano, sem óbitos”, informou, em comunicado.

A prefeitura afirma, ainda, que realiza “trabalho de orientação e esclarecimento sobre febre maculosa, visto que a bactéria causadora da doença é endêmica no estado de São Paulo”.

“O manejo permanente em áreas públicas onde há circulação de animais hospedeiros de carrapatos (capivaras, bois e cavalos) é intensificado no período de inverno e seca, quando há maior risco de parasitismo, em decorrência da maior presença das formas imaturas desses artrópodes.”

Os espaços também recebem placas de alerta sobre a ocorrência de carrapatos, exigindo maior atenção da população. Além disso, periodicamente, a equipe de Vigilância em Saúde Ambiental acompanha o nível de infestação nessas áreas.

Fazenda se manifesta

Em nota, a Fazenda Santa Margarida informou que lamenta as mortes e disse que “a responsabilidade pelo controle e prevenção da febre maculosa é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente”.

No texto, destaca que “agiu e age de acordo com todas as normas e exigências legais relacionadas à vigilância sanitária, bem como mantém um rigoroso processo de manutenção e cuidados em relação ao espaço e sua conservação”.

Informa ainda que nunca registrou “caso semelhante” e que está à disposição das autoridades

Febre maculosa

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. O principal sintoma da doença é a febre alta, que pode ser confundida com outras enfermidades.

“Por isso, é importante que o médico sempre pergunte, ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, diz Andrea von Zuben, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), de Campinas.

Campinas e região são áreas endêmicas para a febre maculosa. Neste ano, com o caso da dentista, já são três confirmações no município até o momento. Duas pessoas eram moradoras da cidade e a terceira foi a dentista de São Paulo.

Os principais sintomas da febre maculosa são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.

Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger:

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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