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Febre maculosa: 3ª morte é notificada; todos estiveram no mesmo evento

Espaço do evento fica em região de Campinas com área de risco para febre maculosa; além de dentista e piloto, mulher de 28 anos morreu

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Imagem colorida de casal morto por febre maculosa
1 de 1 Imagem colorida de casal morto por febre maculosa - Foto: Reprodução/Instagram

São PauloApós a confirmação da morte de Mariana Giordano por febre maculosa, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas notificou a Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio. Além da dentista, o namorado dela, o piloto Douglas Costa, e uma mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia, morreram no mesmo dia depois de participarem de um evento no local.

Em nota, a pasta informou que desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, que fica em uma região mapeada como área de risco para a doença.

O evento ocorreu em 27 de maio, e os três morreram em 8 de junho. Trata-se do “local provável de infecção”, informa a secretaria.

De acordo com a pasta, os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. “Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe ao médico e facilite o diagnóstico.”

Nos próximos dias, técnicos do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço.

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Douglas Costa
Mariana era dentista e biomédica
Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano
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Douglas tinha 42 anos

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Douglas Costa

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Mariana era dentista e biomédica

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Exames realizados no Instituto Adolfo Lutz confirmaram o diagnóstico de febre maculosa na dentista Mariana Giordano

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Douglas e Mariana morreram no mesmo dia

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Até o momento, apenas o material biológico de Mariana foi examinado pelo Instituto Adolfo Lutz e confirmado para febre maculosa. Os outros dois ainda seguem como suspeita.

Febre maculosa

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados.

A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, informa que o principal sintoma da doença é a febre alta que pode ser confundida com outras enfermidades. “Por isso, é importante que o médico sempre pergunte, ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, reforça.

Campinas e região são áreas endêmicas para a febre maculosa. Neste ano, com o caso da dentista, já são três confirmações no município até o momento. Duas pessoas eram moradoras da cidade e a terceira foi a dentista de São Paulo.

O Metrópoles entrou em contato com a Fazenda Santa Margarida, mas até o momento não recebeu resposta aos questionamentos. O espaço continua aberto.

Os principais sintomas da febre maculosa são:

  • Febre;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.

Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger:

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas;
  • Utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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