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Favorito a vice de Nunes desistiu após não topar partido de Tarcísio

Aldo Rebelo era o nome que mais agradava Ricardo Nunes para o posto de vice, mas não quis se filiar ao Republicanos para disputar eleição

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O secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
1 de 1 O secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — Nome preferido do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para a vaga de vice na eleição deste ano, o secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo (MDB), declinou da possibilidade de concorrer na chapa pela reeleição porque não quis se filiar ao Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas.

A informação foi confirmada ao Metrópoles por fontes próximos ao prefeito. Ex-integrante do PCdoB e do PDT, Rebelo avaliou que a migração para o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal, poderia ser vista como incoerente com sua história política. Tarcísio defendia a filiação.

Nunes havia encontrado em Rebelo um nome que o agradava por ser, de acordo com relato de seus auxiliares, um político “inteligente” e “agregador”, que poderia ajudá-lo tanto na campanha quanto no governo. Este argumento era usado, inclusive, para convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que condicionou o apoio a Nunes à indicação do vice na chapa do prefeito.

A campanha do prefeito aglutinou até o momento uma aliança com 10 partidos e o entendimento é que o vice sairá de um acordo com todas essas legendas, mesmo sabendo que nem todos sairão 100% satisfeitos. Mesmo assim, Rebelo não pertence a nenhuma dessas legendas.

Rebelo chegou à Prefeitura pouco após Nunes perder uma de suas aliadas mais próximas, a ex-prefeita Marta Suplicy, que aceitou convite para regressar ao PT, partido em que começou a vida política, e ser a vice da chapa de Guilherme Boulos (PSol), principal adversário do prefeito na campanha.

Alçado semanas depois a pré-candidato a vice, ele já havia feito uma série de gestos à direita que facilitavam a indicação, como posar para foto com Bolsonaro.

A migração de Rabelo para o Republicanos foi estimulada pelo entorno de Nunes, que avaliou o movimento como um gesto a Tarcísio, considerado o apoio mais importante para a campanha à reeleição.

O secretário, contudo, não topou e costurou uma filiação ao MDB. Nunes só foi informado sobre a migração para seu próprio partido quando a costura já estava feita.

O anúncio público de Nunes, feito na terça-feira (4/6), de que iria conversar com Rebelo sobre a vice foi entendida por integrantes do núcleo mais próximo do prefeito como uma sinalização para os demais partidos sobre o nome, na expectativa de que houvesse aval de alguns dos outros aliados. O aval, contudo, não veio.

A conversa se fazia necessária porque, caso quisesse concorrer, Rebelo teria de deixar a Prefeitura nesta quinta-feira (6/4), prazo determinado pela Justiça Eleitoral. Mas o secretário decidiu permanecer no cargo.

Na Prefeitura, o desfecho do caso dividiu opiniões, segundo relatos colhidos pelo Metrópoles. Parte dos aliados de Nunes ainda via como um erro a permanência de Rebelo na Prefeitura, uma vez que agora ele virou carta fora do baralho e não poderá voltar para o páreo caso nenhum outro nome se viabilize.

Outros aliados, porém, avaliam que agora o ex-ministro poderá participar mais livremente das articulações da campanha.

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