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Associação líder da farra do INSS é alvo de busca e apreensão em SP

Polícia Civil apreendeu documentos e computadores na sede da Ambec, associação suspeita de estelionato contra aposentados do INSS

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Imagem colorida mostra a sede da Ambec, na Vila Olímpia, em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra a sede da Ambec, na Vila Olímpia, em São Paulo - Metrópoles - Foto: Google Street View

São Paulo Principal entidade da farra dos descontos sobre aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec) foi alvo de buscas e apreensões nesta terça-feira (16/7) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Civil.

Policiais compareceram à sede da entidade, em um edifício na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (foto em destaque), e apreenderam caixas de documentos e computadores. A suspeita é que a entidade tenha cometido o crime de estelionato contra uma grande quantidade de aposentados, segundo apurou o Metrópoles.

A Polícia Civil e o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigam um grande esquema de filiações fraudulentas de aposentados à entidade com o objetivo de descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento dos segurados do INSS.

As vítimas não conheciam ou nunca haviam sequer ouvido falar sobre a entidade, mas tinham descontos mensais de R$ 45,90 em suas aposentadorias. O caso foi revelado pelo Metrópoles em dezembro de 2022. Ao todo, 29 entidades envolvidas na farra dos descontos arrecadaram R$ 2 bilhões descontando mensalidades de aposentados no período de um ano.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que “não localizou” a ocorrência policial.

Como mostrou o Metrópoles, a Ambec foi a entidade que mais cresceu em meio à farra dos descontos sobre aposentadorias. Ela tinha apenas três associados em 2021, quando assinou o acordo de cooperação técnica com o INSS. Hoje, tem mais de 600 mil associados. Somente entre 2023 e este ano, seu faturamento saltou de R$ 1,8 milhão para R$ 30 milhões por mês.

A entidade responde a milhares de queixas na Justiça por descontos indevidos e tem sofrido condenações. A entidade é ligada a um grupo de empresários do ramo de saúde e seguros. Formalmente, ela foi registrada em nome de parentes e funcionários dessas empresas.

A Ambec nega todas as acusações. Por meio de nota, a entidade afirmou que “foram cumpridas diligências pelo delegado de polícia do 16º DP [Vila Clementino] e os esclarecimentos já foram apresentados, juntamente à documentação, nesta data, na sede do Distrito”.

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