Famílias inteiras ainda podem estar soterradas, diz secretário de SP
Secretário da Segurança Pública de SP, Derrite afimou que número de desaparecidos é incerto e que famílias inteiras podem estar soterradas
atualizado
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São Paulo – O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que ainda podem haver famílias inteiras soterradas na região de São Sebastião, no litoral norte do estado, após os deslizamentos que atingiram a região.
Até a última atualização, a Defesa Civil informou que 48 pessoas foram encontradas sem vida – uma em Ubatuba e 47 em São Sebastião – e que 38 seguiam desaparecidas. Este último número, no entanto, não é tratado de forma oficial, já que podem haver oscilações. Há ainda 1.730 desalojados e 766 desabrigados.
“Pessoas desaparecidas são aquelas que algum familiar relatou que o parente não voltou para casa. Segundo relatos de moradores, residências que estariam com toda a família no local, principalmente na Barra do Sahy, podem estar soterradas. Então pode haver a possibilidade de ninguém ter dado falta dessas pessoas que estão soterradas”, afirmou Derrite em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (22/2).
De acordo com o secretário, ainda não há perspectiva para o término dos trabalhos de busca e de recuperação dos estragos.
“Passado determinado período, onde a chance de vida humana já é muito precária, aí entra o maquinário para o encontro de corpos. Creio eu que, a partir do final de semana, os bombeiros entram com maquinário mais pesado”, disse Derrite.
Saques
O governo de São Paulo informou que enviou cerca de 400 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar às regiões atingidas para reforçar o policiamento diante de registros de saques a casas desocupadas por risco de deslizamento e também a veículos com doações para vítimas da tragédia causada pelas fortes chuvas durante o Carnaval.
O secretário da Segurança Pública afirmou nesta quarta (22/2) que pessoas têm relatado o receio de deixar as casas por receio de saques, mas que não há registros de boletim de ocorrência.
Por causa dessa dificuldade, o governo paulista obteve autorização da Justiça para remover compulsoriamente os moradores de casas da região que se recusarem a deixar as áreas de risco.
Derrite afirmou que a medida ainda não precisou ser adotada e que o objetivo é fazer o convencimento das pessoas antes da retirada compulsória.