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Família policial e 35 anos de Civil: quem era o delegado morto em SP

Mauro Guimarães Soares era delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e morreu durante assalto na Vila Romana

atualizado

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Delegado Mauro Soares
1 de 1 Delegado Mauro Soares - Foto: Reprodução

São Paulo — Morto em uma tentativa de assalto na manhã deste sábado (21/9), na Vila Romana, zona oeste da capital paulista, o delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares (foto em destaque) tinha 59 anos de idade e trabalhava havia mais de três décadas na Polícia Civil de São Paulo.

Durante de 35 anos de carreira policial, ele passou por diversas delegacias da região metropolitana da capital e do interior até chegar ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde atuava antes de ser morto ao lado da mulher, Ana Paula Ramalho Soares, ex-delegada-geral adjunta.

Mauro Soares já tinha sido delegado seccional de Sorocaba e atuou em delegacias de Osasco e Carapicuíba. Em São Paulo, uma de suas passagens foi pelo 15º Distrito Policial, no Itaim Bibi. O irmão dele, Maurício Guimarães Soares, foi delegado da Antissequestro, e o pai, Acrisio, chegou a comandar o Deic.

A Polícia Civil prestou uma homenagem ao delegado e deixou uma mensagem de luto no Instagram da corporação.

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Delegado é baleado na zona oeste de São Paulo
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“A Polícia Civil lamenta profundamente a morte do Dr. Mauro Guimarães Soares. […] Solidarizamo-nos com amigos e família nesse momento de dor”, diz a mensagem. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) também lamentou o ocorrido.

Titular da pasta, o secretário Guilherme Derrite defendeu a necessidade de combater a reincidência criminal. O assaltante, Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, já tinha sido preso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de fogo e condenado no ano passado.

“Que Deus abençoe os familiares, amigos e colegas policiais do delegado e que os responsáveis pelas leis em nosso país coloquem a mão na consciência, já que a cada absurdo como esse fica mais clara a necessidade de combatermos a reincidência criminal. Não é possível que um ‘especialista’ com um discurso garantista não perceba que essa postura está custando vidas”, disse Derrite.

Crime

O crime foi registrado por uma câmera de segurança. Por volta das 11h, Soares caminhava com a mulher, que também é policial, pela rua Caio Graco, na Lapa, zona oeste de São Paulo, quando dois indivíduos se aproximaram em duas motos, e um deles anunciou o assalto.

Na imagem, o delegado parece fazer menção de colaborar com o assaltante, mas logo puxa sua arma e tem início a troca de tiros.

Ambos caem no chão a poucos metros de distância. Enquanto isso, o outro assaltante foge. A esposa de Soares vai até o suspeito e toma a arma dele. A mulher parece pedir ajuda a pedestres que passavam pelo local.

O delegado foi socorrido e levado para o Hospital das Clínicas em estado grave, mas não resistiu. O suspeito foi encaminhado ao Hospital Universitário da USP, onde permanece internado.

O caso foi registrado como latrocínio no 91º Distrito Policial. A investigação será conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Deic.

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