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Família que espancou executivo em SP pode ter agredido outra vítima

Após a repercussão do caso, a polícia recebeu o relato de uma possível vítima da família que espancou executivo, supostamente pego traindo

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Imagem colorida de homem com taco de baseball batendo em homem, que é executivo de uma empresa farmacêutica - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem com taco de baseball batendo em homem, que é executivo de uma empresa farmacêutica - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A polícia recebeu na tarde desta sexta-feira (27/9), o relato de uma outra possível vítima agredida pela família que espancou o executivo pego traindo em uma pousada em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Alexandre Cavalheiro, do 2° DP de Cotia, após a repercussão do caso, uma pessoa entrou em contato contando que também teve problemas com os suspeitos presos nesta sexta, inclusive sendo agredida.

O investigador pediu para que o denunciante se dirigisse até a delegacia para que esclarecesse o caso e registrasse um boletim de ocorrência. Até o momento desta publicação, a vítima não foi até a delegacia dar sequência a denúncia.

Executivo flagrado com a suposta amante

Câmeras de segurança da pousada registraram no último dia 20 de setembro os suspeitos chegando ao local, arrombando a porta de um quarto e arrancando o diretor de dentro dele. Entre os suspeitos estavam a esposa supostamente traída, a sogra e o cunhado do diretor agredido, todos presos nesta sexta, sete dias depois da agressões.

O executivo é levado, sob ameaça da sogra e do cunhado, para um Porsche. Antes disso, ele foi agredido várias vezes com socos, chutes e golpes de taco de baseball.

No mesmo dia das agressões, o diretor deu entrada em um pronto socorro. No documento, o médico, autor do registro policial, diz que a vítima tinha sido espancado por um bastão de baseball em várias partes do corpo, incluindo cabeça, tórax e abdômen, e apresentava diversas fraturas e lesões. Por conta disso, ele precisou ser internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Porém, na noite seguinte, o agredido pediu alta da unidade hospitalar dizendo que precisava cuidar do filho, que é autista não verbal, e necessitava de sua presença por não estar bem.

Após a data, o empresário não foi mais visto. As autoridades começaram a suspeitar de que o homem estivesse sendo mantido em cárcere privada dentro da própria casa, no bairro Granja Viana, em Cotia, região metropolitana de São Paulo, ou até mesmo pudesse ter sido morto e foi até o endereço nesta tarde.

Suposta amante torturada

Enquanto o diretor foi retirado da pousada em Sorocaba pela sogra e pelo cunhado, a suposta amante era agredida por quatro mulheres, entre elas a esposa do empresário. Além disso, um homem, que seria motorista da família, também continuou no endereço.

No boletim de ocorrência a vítima conta que ficou cerca de 30 minutos sendo espancada e ameaçada com uma faca. Posteriormente, ela foi obrigada a entrar um veículo e ouviu das agressoras que iria para a casa da esposa do diretor, onde seria morta.

Ao chegar no destino, a vítima conseguiu se desvencilhar das agressoras e começou a gritar na rua, enquanto era agredida pelas mulheres. Por se tratar de um condomínio, seguranças perceberam a ação e foram até o local, apartando a confusão.

Após a intervenção, a suposta amante foi atendida por uma ambulância do próprio condomínio e foi encaminhada a UPA Atalaia, onde passou por atendimento médico. No local, ela permaneceu em observação devido aos diversos golpes que sofreu no rosto e na cabeça, além de ter sido estrangulada.

Ela contou aos policiais que sua bolsa, contendo seu aparelho celular e objetos pessoais, ficou sob posse das agressoras.

A suposta amante ainda contou à investigação que também trabalha na mesma empresa do diretor, assim como outras pessoas envolvidas nas agressões. O cunhado é o dono da empresa.

A mulher disse que mantinha um relacionamento amoroso com o diretor e que a esposa do homem descobriu o relacionamento e começou a ameaçá-la de morte. No início do mês, no dia 6, a vítima relata que a esposa do diretor a mandou sumir da companhia, mesmo sem formalizar o desligamento trabalhista.

Porém, ameaças via ligação e mensagens de texto via WhatsApp continuaram. No dia 15, o diretor, preocupado com as ameaças sofridas e estendidas a ele, resolveu viajar com a amante para a pousada em Sorocaba, onde o crime aconteceu.

O caso foi registrado em dois boletins de ocorrência diferentes. No referente ao diretor, o registro foi feito pelo médico que o atendeu após as agressões e ainda não consta nenhum crime consumado. Já o da suposta amante, o boletim de ocorrência cita os crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, lesão corporal e dano. A delegacia policial de Cotia investiga o crime.

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