Família encontrada em canavial foi morta com tiros de calibre 9 mm
Pai, mãe e filha desapareceram quatro dias antes, quando saíram de casa, em Olímpia, no interior de São Paulo, para comemorar aniversário
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A família de Olímpia, que estava desaparecida desde a última quinta-feira (28/12), foi encontrada morta em um canavial de Votuporanga, no interior paulista, por um comerciante. Segundo a investigação, os corpos tinham marcas de tiros de calibre 9 milímetros.
O comerciante de 45 anos afirmou à Polícia Civil que passava por uma plantação de cana-de-açúcar, por volta das 16h20 de segunda-feira (1º/12), quando viu um carro família parado em uma estrada de terra.
O cadáver do mecânico Anderson Givago Marinho, de 35 anos, estava a cerca de 15 metros de distância do Volkswagen Gol, o veículo da família executada.
Já os corpos da filha Isabelly Tofalete Marinho, 15, e da mulher Mirele Regina Beraldo Tofalete, 32, foram achados nos bancos traseiro e dianteiro, do passageiro, respectivamente. No local, havia munições. Até o momento, nenhum suspeito de matar a família foi identificado ou detido.
Pai já foi preso
Como revelado pelo Metrópoles, Anderson foi preso e condenado por tráfico de drogas, em 2015, junto com Ricardo Luís Pedro, conhecido como o “rei do tráfico” do bairro São José, em Olímpia, cidade do interior paulista, onde moravam Anderson, sua mulher e a filha.
A família desapareceu no dia do aniversário de 32 anos de Mirele, quando os três pretendiam ir até São José dos Campos, que fica a 50 quilômetros de Olímpia, para celebrar a data. O local da desova fica a mais de 80 quilômetros de distância da casa das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, os cadáveres estavam em avançado estado de decomposição, ao ponto de ser necessário usar fotografias para fazer o reconhecimento.
Pai, mãe e filha foram sepultados, na manhã desta terça-feira (2/1) em Olímpia, em uma rápida cerimônia de adeus. Os corpos não foram velados.
Histórico criminal
O Metrópoles apurou que Anderson foi preso, em cumprimento a um mandado de prisão, expedido pela Justiça, em 14 de abril de 2015.
Dias antes, ele e outro homem teriam fugido de um rancho, na área rural de Olímpia, quando o “rei do tráfico” e um comparsa foram detidos, em flagrante, com drogas.
Segundo o registro criminal de Anderson, ele foi condenado por tráfico de drogas em 18 de dezembro de 2015, a dois anos e um mês de pena, já iniciada no regime semiaberto.
Antes disso, ele ficou preso provisoriamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto. O mecânico recebeu o benefício de cumprir o restante da pena em prisão domiciliar, em abril de 2016.
Investigação
Em nota encaminhada ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que peritos localizaram “diversas munições” no local onde os corpos das vítimas foram encontrados.
A Polícia Civil investiga o caso como triplo homicídio e realiza diligências para “elucidar o crime”, disse a SSP.