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Família diz que homem de 45 anos morreu em UPA à espera de atendimento

Mulher de paciente disse que marido sentia dores e morreu enquanto aguardava médico; unidade da zona oeste foi inaugurada há 20 dias

atualizado

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Reprodução/TV Globo
foto colorida do paciente Lúcio Gomes de Moura, 45 anos, que morreu dentro da UPA Rio Pequeno - Metrópoles
1 de 1 foto colorida do paciente Lúcio Gomes de Moura, 45 anos, que morreu dentro da UPA Rio Pequeno - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo — Um homem de 45  anos morreu dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo, enquanto aguardava por uma consulta nessa quarta-feira (15/5). A UPA foi inaugurada há 20 dias pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A mulher do paciente, identificado como Lúcio Gomes de Moura, disse ao programa BDSP, da TV Globo, que o marido foi à unidade pois estava sentindo dores abdominais e dormência nas pernas. Segundo ela, Lúcio chegou à unidade às 7h e, às 13h, recebeu medicação para a dor abdominal.

Pouco depois, as pernas começaram a doer muito, segundo a mulher, e o marido passou a esperar por um novo atendimento. Uma médica teria prescrito outra medicação e informava sobre a liberação do paciente para a mulher quando ele infartou dentro da UPA.

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou a morte de Lúcio e se solidarizou com sua família. “O paciente estava recebendo orientação, quando apresentou mal súbito e evoluiu ao óbito. O caso foi encaminhado ao serviço de verificação de óbito para esclarecimento”, disse a pasta, em nota.

A secretaria informou, ainda, que devido ao aumento da demanda hospitalar relacionada às doenças respiratórias e dengue, as unidades estão priorizando o atendimento dos quadros de maior gravidade, ” seguindo o protocolo de classificação de risco Manchester”.

“O tempo de permanência nos equipamentos de saúde pode variar de caso a caso, a depender da demanda diária e das necessidades terapêuticas de cada paciente”, esclareceu a pasta.

Já a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, ouvida pela Polícia Civil, a mulher de Lúcio afirmou que ele chegou a ser medicado, mas morreu logo depois “devido a um aneurisma abdominal”.

O caso foi registrado e está sendo investigado como morte suspeita (morte súbita) no 93° DP (Jaguaré), segundo a SSP.

Recém-inaugurada

A UPA Rio Pequeno foi inaugurada no dia 25 de abril. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a unidade tem 469 funcionários e atende especialidades de clínica médica, pediatria, ortopedia, cirurgia, psiquiatria e odontologia.

Além disso, diz a administração municipal, o posto realiza atendimentos de emergência, contando, para isso, com cinco leitos de urgência.

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O prefeito Ricardo Nunes
O paciente Lúcio Gomes de Moura, 45 anos, morreu dentro da UPA Rio Pequeno
Leitos da UPA Rio Pequeno, zona oeste de SP, inaugurada em 25/4/24
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Placa na entrada da UPA Rio Pequeno, na zona oeste de SP

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O prefeito Ricardo Nunes

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O paciente Lúcio Gomes de Moura, 45 anos, morreu dentro da UPA Rio Pequeno

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Leitos da UPA Rio Pequeno, zona oeste de SP, inaugurada em 25/4/24

Divulgação/Prefeitura de São Paulo

Com um quadro de 469 funcionários, o equipamento atende nas especialidades de clínica médica, pediatria, ortopedia, cirurgia, psiquiatria e odontologia.

O investimento na unidade foi de R$ 17.974.825,49, de acordo com a Prefeitura. A UPA Rio Pequeno funciona 24 horas e é gerenciada pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – Programa de Atenção Integral à Saúde (SPDM- PAIS).

Queixas nas redes

Usuários de redes sociais relataram outras queixas em relação à unidade. “A sogra de minha amiga idosa, sequelada de um infarto, deu entrada na UPA Rio Pequeno às 7h da manhã e saiu de lá às 21h sem atendimento. Essa UPA está com a ADM horrível… Coitado do rapaz que morreu”, escreveu uma usuária do X (antigo Twitter) na manhã desta quinta-feira (16/5).

Outra moradora também fez críticas. “A UPA Rio Pequeno precisa de supervisão urgente. Não adianta só inaugurar. Mais de 12h para ser atendido, poucos médicos, exames de sangue prejudicados por demora no processo, comunicação péssima atendente/paciente. Não deixem afundar logo no início, por favor”, escreveu.

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