Falhas em linhas 7-Rubi e 11-Coral afetam circulação de trens em SP
De acordo com a CPTM, trens apresentaram problemas e as linhas tiveram que operar em velocidade reduzida
atualizado
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São Paulo – Passageiros das linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM relatam longas esperas por trens e filas para embarcar nesta sexta-feira (31/3). A companhia atribui a lentidão a “falhas nos trens”.
Na linha Rubi, os trens estão circulando em uma via única. De acordo com a companhia, há “velocidade reduzida e maior tempo de parada” no trecho. O Sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionado para atender os passageiros e 29 ônibus disponibilizados.
“Estamos circulando com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Pirituba e Perus, devido a falha de trem. Agradecemos a sua compreensão”, diz a CPTM. Não há previsão para que o serviço volte ao normal.
Na linha 11-Coral, houve uma falha de sinalização por volta das 4h, segundo a CPTM. A empresa afirma que o problema foi resolvido. Mas usuários da linha afirmam que os trens ainda circulam com velocidade reduzida entre as estações Luz e Brás, nos dois sentidos.
Este é o segundo dia consecutivo em que linhas de trens de São Paulo registram problemas. Nessa quinta-feira (30/3), um trem da linha 8-Diamante descarrilou, e os passageiros tiveram que descer. A linha é administrada pela concessionária Via Mobilidade, que já havia registrado cinco descarrilamentos desde que a empresa privada assumiu, em agosto de 2022.
Descarrilamento
Um trem da Linha-8 Diamante da CPTM descarrilou nessa quinta, na região central de São Paulo. O incidente ocorreu entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. A circulação de trens no trecho foi interrompida.
A Via Mobilidade, empresa que administra a Linha Diamante, informou que houve uma “falha de equipamento” chamado Assistente de Mudança de Via (AMV), por volta das 7h. Ainda de acordo com a empresa, não houve feridos, e todos os passageiros que estavam no trem desembarcaram em segurança.
MP investiga
Depois de nove meses de investigação, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou relatório de 167 páginas listando 48 procedimentos que a ViaMobilidade deve adotar imediatamente para corrigir as falhas operacionais que vêm sendo registradas em número recorde desde que a empresa passou a administrar as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da rede de transporte público da Grande São Paulo.
Para o promotor Silvio Marques, que conduz a investigação, a empresa não está cumprindo o contrato de concessão que assinou com o governo de São Paulo e há elementos “mais do que suficientes” para que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) rompa com a concessionária.