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“Falhamos em alguma coisa”, diz Tarcísio após ataque a escola em SP

Governador Tarcísio de Freitas foi à escola estadual na zona leste de SP alvo do ataque a tiros que matou uma aluna de 17 anos

atualizado

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Sergio Barzaghi/Governo de SP
Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas em evento da Rota Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas em evento da Rota Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Sergio Barzaghi/Governo de SP

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reconheceu ter havido alguma falha da gestão estadual, que não conseguiu evitar o ataque a tiros que matou uma estudante de 17 anos e deixou outros três feridos na manhã desta segunda-feira (23/10), na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo.

O governador foi até a escola ainda pela manhã, acompanhado dos secretários Renato Feder (Educação) e Guilherme Derrite (Segurança), lamentou o ocorrido e disse que o “sentimento é de frustração”. O autor do ataque, um aluno de 16 anos que frequentava a mesma escola, se rendeu e entregou à polícia a arma usada no crime, que era do pai dele.

“Se você me perguntar se eu tenho todas as respostas para lidar com esse tipo de situação, eu sinceramente não tenho. Ninguém quer ver alunos morrendo. Ninguém quer isso. A sensação que fica é de frustração. O governo falhou? Provavelmente, falhamos em alguma coisa. A gente não queria ter falhado”, disse Tarcísio, em entrevista coletiva em frente à escola.

Segundo o governador, a Escola Estadual Sapopemba tem 1.800 alunos é “uma boa escola”, com “muita procura” e “fila por vaga”. Ele disse ainda que havia ronda escolar da Polícia Militar, atendimento com psicóloga na unidade e treinamento de profissionais contra agressões.

“É o momento de fazer uma profunda reflexão sobre efetividade das ações que a gente tem tomado”, afirmou o governador, referindo-se aos procedimentos adotados pelo governo após o atentado ocorrido em março numa escola estadual na Vila Sônia, onde uma professora morreu esfaqueada.

O governador disse que vai manter o plano de contratar vigilância privada para as escolas, ainda sem prazo para o serviço entrar em operação, e ampliar o número de psicólogos contratados para atender as unidades – atualmente são 550 profissionais para mais de 5 mil escolas, segundo o governo.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

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O ataque à Escola Estadual Sapopemba ocorreu por volta das 7h30. A estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, morreu com um tiro à queima-roupa na nuca. Tarcísio disse que, de acordo com informações preliminares, a estudante não conhecia o autor do ataque.

“Ela foi a primeira pessoa que passou na frente do atirador. Ela era de outra série. Não estudava no andar dele, não era do relacionamento dele”, afirmou Tarcísio. Segundo o governador, as aulas na Escola Estadual de Sapopemba serão interrompidas por pelo menos 10 dias.

Outras duas alunas foram baleadas e estão no Hospital Geral de Sapopemba, “bem de saúde, fora de risco”, segundo Tarcísio. Um quarto estudante machucou a mão ao quebrar uma janela para fugir do ataque e já teve alta médica.

O autor do ataque é um aluno de 16 anos do 1º ano do ensino médio que, segundo testemunhas, seria alvo de bullying por parte de colegas da escola por ser gay. Outro jovem que teria participado do atentado está foragido.

“A gente tem que investigar mais, é tudo preliminar, mas o que se sabe é que [o ataque] pode ser decorrência de bullying e homofobia”, disse Tarcísio, enfatizando que pretende ampliar as ações de combate ao bullying e à homofobia nas escolas.

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