Falcão critica “ataques precipitados” após arquivamento de denúncia
Ex-jogador Paulo Roberto Falcão se manifesta pela 1ª vez sobre arquivamento da acusação de importunação sexual e critica “prejulgamentos”
atualizado
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São Paulo — O ex-jogador de futebol Paulo Roberto Falcão, 70 anos, se pronunciou pela primeira vez, neste sábado (21/10), sobre a acusação de importunação sexual da qual foi alvo. O processo foi arquivado nessa sexta-feira (20/10) pela Justiça de São Paulo.
Em 4 de agosto, quando trabalhava como coordenador de futebol do Santos, Falcão foi acusado por uma recepcionista do hotel onde vivia, na Baixada Santista, de ter entrado em uma área restrita para funcionários e feito insinuações sexuais a ela. Logo após as denúncias, ele deixou o cargo.
“Na semana em que completei 70 anos, recebi a notícia que a Justiça, baseada no minucioso trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público, determinou o arquivamento do inquérito que investigava uma suposta importunação sexual. A conclusão da Justiça é de que não houve delito. As manifestações da Delegada de Polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário afirmaram inexistir quaisquer indícios de crime”, afirmou, em sua conta no Instagram, que não permite comentários dos visitantes.
Falcão também justificou o fato de não ter se manifestado anteriormente. “De minha parte, foram 77 dias de silêncio, em respeito às autoridades e à investigação, que corria em sigilo. Sempre acreditei que os fatos seriam devidamente esclarecidos. Agora, posso seguir com o meu trabalho, os meus projetos e a minha vida”, disse.
O ex-jogador também agradeceu a família e os amigos, além das pessoas que manifestaram apoio a ele e quem não fez “prejulgamentos”.
“Espero que esse caso, que despertou tantos ataques precipitados contra mim, contribua para que as pessoas reflitam mais antes de condenar alguém”, disse Falcão.
Nesta sexta, o juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos, decidiu pelo arquivamento, após manifestação do Ministério Público, dizendo não vislumbrar a ocorrência do crime de importunação sexual.
“O inquérito policial foi arquivado após manifestação do Ministério Público, acompanhando manifestação da Autoridade Policial, requerendo o arquivamento por não vislumbrar a ocorrência de crime de importunação sexual”, disse o Tribunal de Justiça de São Paulo, em nota.