Faculdade de Direito da USP suspende aulas após morte de mulher
As aulas seguem suspensas na USP nesta sexta. Uma mulher de 33 anos se matou no local. Ela estava acompanhando a irmã em um ensaio do coral
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) suspendeu as aulas nesta quinta-feira (7/11) após a morte de uma integrante do Coral USP XI de Agosto.
Segundo a universidade, as aulas e as provas na graduação estarão suspensas também nesta sexta-feira (8/11), em ambos os períodos (diurno e noturno), sendo retomadas na próxima segunda-feira (11/11).
Já as aulas de pós-graduação, assim como as atividades acadêmicas, seminários, eventos, reuniões de grupos de pesquisa e extensão poderão ocorrer normalmente nesta sexta-feira e sábado.
A mulher que morreu nesta quinta tinha 33 anos e estava no local, que fica no centro da capital paulista, para acompanhar a irmã em um ensaio do coral, que é vinculado ao Centro Acadêmico XI de Agosto e permite a participação de pessoas externas à universidade.
Ela foi levada ao hospital, mas não resistiu. A direção da faculdade informou que está prestando suporte à família e que tem um psicólogo que atua todas as semanas no acolhimento a estudantes.
Segundo a USP, o profissional foi convocado para falar com os alunos que presenciaram a tragédia para dar apoio e assistência a pessoas afetadas por um suicídio.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que não pode dar mais detalhes sobre o caso pela natureza da ocorrência.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado.
O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem. Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.