Fabricante de cigarros é investigada por sonegação de R$ 152 mi em SP
Operação aponta que empresa de cigarros realizava esquema de blindagem patrimonial. Dívida por sonegação fiscal é superior a R$ 152 milhões
atualizado
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São Paulo — Uma fabricante de cigarros responsável pela distribuição do produto e com uma dívida ativa superior a R$ 152 milhões é o principal alvo da Operação Narmer, deflagrada nesta quarta-feira (8/1) pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (Cira-SP).
A operação, que visa combater a sonegação e a fraude fiscal estruturada no ramo do tabaco, cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, Araras, Ribeirão Preto, Barretos, Vargem Grande, no estado paulista, além das cidades de Recife e Bonito, em Pernambuco.
O alvo principal atua como fábrica e está sediado em São Paulo. Já os outros alvos da operação são distribuidores, gráfica e escritórios de contabilidade.
De acordo com as investigações, o principal investigado, um grupo econômico que distribui cigarros, além de sonegar impostos, criou um “sofisticado esquema de blindagem patrimonial” para realizar as fraudes. A fábrica realizava operações simuladas de produção, circulação e importação irregular do produto efetivamente comercializado.
Medidas cautelares foram deferidas na esfera criminal. Além disso, a atuação do Cira-SP bloqueou, de imediato, bens como imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves, marcas e direitos creditórios dos integrantes do grupo.
A Operação Narmer conta com a participação de promotores de Justiça, auditores fiscais da Receita Estadual e procuradores do Estado, e com o apoio operacional das Polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Pernambuco.