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Extrema direita está conseguindo vencer a disputa cultural, diz Boulos

Ao Metrópoles, Boulos avalia derrota na eleição e fala sobre dificuldades da esquerda, luta contra supersalários e contra anistia ao 8/1

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1 de 1 Imagem colorida mostra Guilherme Boulos discursando com microfone na mão - Metrópoles - Foto: DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka

São Paulo – Quase um mês após a derrota na disputa à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) volta a sua artilharia não mais contra o prefeito reeleito, Ricardo Nunes (MDB), seu adversário nas eleições, mas sim contra os supersalários no funcionalismo público e a jornada de trabalho de 6×1. As pautas conversam com um público empreendedor que a esquerda tem encontrado dificuldade de dialogar – e que não conseguiu atrair durante as eleições municipais em todo o país.

“Nós temos dificuldade de dialogar com esse segmento. Estamos falando de milhões de pessoas que vivem nas periferias e que são trabalhadores, e que a esquerda não conseguiu fazer uma disputa de valores adequada, de visão de mundo, para atrair esse segmento para o seu projeto”, diz Boulos ao Metrópoles.

O deputado foi entrevistado pela reportagem em seu escritório, no bairro da Consolação, na região central da cidade, para falar sobre eleições, projetos futuros, pautas na Câmara dos Deputados e o crescimento da extrema direita em todo o mundo. Para Boulos, o segmento está “conseguindo vencer a disputa cultural na sociedade”.

“Aqui no Brasil, a extrema direita diz que a culpa de você estar sem emprego, ferrado e sem perspectiva é de uma esquerda que tomou o Estado para ajudar somente os mais pobres com o Bolsa Família e que não está nem aí para o trabalhador, de quem só quer cobrar impostos”, afirma.

No retrospecto das eleições, Boulos diz que a candidatura de Pablo Marçal (PRTB), que recebeu mais de 1 milhão de votos no 1º turno, “facilitou a vida do Ricardo Nunes” e alega que o prefeito foi vitorioso ao utilizar tanto a máquina da Prefeitura como do governo paulista, com o auxílio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu aliado, que no dia da votação do 2º turno declarou, sem provas, que o PCC teria pedido votos a Boulos.

Na mesma semana em que a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Boulos ressalta sua posição para que não se conceda anistia aos envolvidos no episódio do 8 de janeiro.

“Fazer esse acerto de contas não é uma vingança política contra o Bolsonaro e o seu grupo. Fazer esse acerto de contas é uma forma de dizer que quem ultrapassar a linha vermelha do golpe contra a democracia vai ser punido com rigor”, declara.

Confira a entrevista de Guilherme Boulos ao Metrópoles:

Já faz quase um mês que o 2º turno chegou ao fim. Qual o balanço que você faz não só da sua derrota, mas da eleição como um todo?

O campo progressista foi derrotado no Brasil inteiro. Quem ganhou essas eleições foi o Centrão pela captura do orçamento e a ligação com prefeitos apoiados por deputados. [Foi uma taxa de] 82% de reeleição, nível recorde, e a extrema direita cresceu. Em São Paulo, o resultado foi diferente do que a gente esperava por causa da máquina de mentiras que sofremos. Passei o 1º turno inteiro tendo que falar não sobre as minhas propostas, mas sim que eu não usava drogas, teve até um laudo falso contra mim. A entrada do Pablo Marçal facilitou a vida do Ricardo Nunes, porque naturalizou o Nunes, que era apoiado pelo Bolsonaro, possuía fortes suspeitas de relação com o crime organizado nos contratos da Prefeitura, casos de corrupção e uma gestão fraca. Mas perto do absurdo que era o Marçal, o Nunes se tornou palatável. Além de tudo, ampliou minha rejeição num nível muito difícil de reduzir. A máquina de mentiras do Marçal teve um alcance, segundo as nossas pesquisas, maior que o do Bolsonaro em 2018 e em 2022. Foi um nível de engajamento muito mais alto por causa de um sistema de cortes remunerados que o fez ser processado e sofrer risco de inelegibilidade. Soma-se a isso o projeto Tarcísio 2026, que envolveu a máquina da Prefeitura e do governo do estado para nos derrotar, culminando no crime eleitoral do Tarcísio no dia da eleição.

Você fala em vitória do Centrão, mas também foi uma vitória da direita, que está conseguindo criar mais lideranças novas do que a esquerda. Por que a direita está com esse crescimento e a esquerda não?

O crescimento da extrema direita é um fenômeno mundial. Trump acabou de ganhar as eleições nos Estados Unidos, o que envolve uma atuação no digital e nas redes sociais muito forte. Boa parte das novas lideranças da extrema direita é formada por influencers, youtubers e articuladores que vieram das redes para a política. No mundo inteiro a gente vê a mesma narrativa, o mesmo uso do algoritmo, o mesmo discurso de pânico moral e a mesma tentativa de capturar a indignação das pessoas com o sentimento de antipolítica. Mas não é verdade que a esquerda não tenha um processo de renovação em curso, vide a mobilização pelo fim da escala 6×1, que começa com um vereador muito bem votado no Rio de Janeiro, o Rick Azevedo (PSol), e capitaneado pela Erika Hilton com a PEC. Isso mobilizou gente no Brasil inteiro com uma petição com mais de 3 milhões de assinaturas e pressionou por fora a pauta no Congresso Nacional, que de forma alguma discutiria a redução da jornada de trabalho com a composição que tem. Existem também movimentos reais, orgânicos e vivos no campo da esquerda.

“Mas do lado da extrema direita, hoje, eles estão conseguindo vencer a disputa cultural na sociedade. E por isso, tiveram também um resultado mais favorável nas eleições.”

O que significa essa disputa cultural?

É a disputa de valores na sociedade. A ideia de que um motoboy, um pequeno empreendedor na periferia ou um motorista de Uber é um trabalhador por conta própria. A ideia de que o Estado é um problema. A extrema direita vende como discurso libertário e antissistêmico, mesmo sendo o mais sistêmico possível, a ideia de que o Estado está contra você, de que você não precisa do Estado. É um discurso de que é cada um por si, uma falsa meritocracia. Isso ganhou muita força na sociedade, não é de hoje, e tem crescido.

“Nós temos dificuldade de dialogar com esse segmento. Estamos falando de milhões de pessoas que vivem nas periferias e que são trabalhadores, e que a esquerda não conseguiu fazer uma disputa de valores adequada, de visão de mundo, para atrair esse segmento para o seu projeto.”

Acho que se há um balanço, digamos, de aprendizagem que nós temos que ter com esse processo e com a derrota da esquerda nas eleições municipais, é esse.

Seria esse um dos motivos para a esquerda ter adotado a proposta contra a jornada 6×1?

Eu acho que isso se encaixa nesse contexto. Mas a pauta da redução da jornada 6×1 é histórica dos movimentos social e sindical no campo da esquerda. Nós nos posicionamos no parlamento e nas ruas contra a reforma trabalhista, aprovada em 2017 pelo governo Temer, que degradou ainda mais as relações de trabalho. Agora, essa pauta conseguiu crescer graças ao trabalho do movimento VAT [sigla para Vida Além do Trabalho], graças à dimensão que a PEC da Erika assumiu no Congresso. Ela vingou com o apoio, principalmente digital, das redes sociais, diferente da forma como vinha sendo pautada historicamente pela esquerda. Isso é muito bom e mostra também um caminho, um espaço de que pautas que são populares dos trabalhadores, historicamente ligadas à esquerda no combate à desigualdade social, podem, sim, ter eco, ainda que no momento em que a extrema direita tem mais instrumentos de sucesso na disputa cultural, na base da sociedade.

Na sua campanha muitos aliados do PT alegaram que você precisava fazer mais acenos ao centro, enquanto aliados do PSol cobravam para que você se apresentasse como um candidato mais à esquerda. Onde você enxerga que ficou?

Fizemos uma campanha sem abrir mão da coerência com as bandeiras que sempre defendi. Em nenhum momento, diante de todas as acusações e fake news, me furtei a defender o Movimento Sem Teto, que é a minha origem política. A gente defendeu a construção de moradia popular em imóvel abandonado no centro, educação antirracista nas escolas, 50% do secretariado para mulheres e reestatização do serviço funerário, que é um caos na cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, fizemos um esforço desde a pré-campanha de mostrar que, ganhando as eleições, governaríamos para todos. Construí pontes de diálogo com vários setores da sociedade, me reuni com empresários, trouxemos para a nossa equipe representantes e quadros de diferentes governos, não só de gestões progressistas, e mostramos uma disposição de ampliação, sabendo que não se governa uma cidade complexa como São Paulo só com as nossas posições. Mas nós enfrentamos uma maré muito desfavorável pela conjuntura das eleições municipais no Brasil todo, pelo uso abusivo da máquina pública pelo governo municipal e estadual e pelo que foi o fenômeno do Pablo Marçal, particularmente com as fake news.

Mas você não se sentiu no meio de um cabo de guerra com cada lado exigindo uma coisa diferente durante a campanha?

Desde moleque minha mãe me ensinou a ter personalidade. Não ir pelo que um ou outro diz. Eu tinha muita clareza do que eu tinha que fazer nessa campanha e de que eu não iria abrir mão daquilo que me faz estar na política, que é o que eu acredito, que é ver a política como um instrumento para mudar a sociedade e torná-la mais solidária, mais humana. Era preciso dialogar com o centro. Não tenho nenhum problema, nunca tive, em administrar pressões e posições diferentes, sempre convivi muito bem com elas e na campanha foi igual.

Você protocolou essa semana um projeto de lei para acabar com os supersalários e diz que dará fim aos penduricalhos. Mas há uma gama bem vasta de penduricalhos, pode ser mais específico sobre quais são os auxílios que pretende extinguir?

Hoje, há um debate no país sobre corte de gastos. Eu sempre defendi, e é o que o presidente Lula tem expressado publicamente, que esses cortes não podem ser na carne do trabalhador, dos mais pobres. Então, onde cortar? Nós temos uma gordura e um espaço muito forte para cortar, com uma estimativa de economizar ao menos R$ 5 bilhões por ano, se interrompermos os penduricalhos. Só me refiro a quem recebe supersalários, valores acima do teto constitucional, que são 0,3% dos servidores. É uma elite que está concentrada sobretudo no Judiciário, entre os militares, no Legislativo e no Executivo. O próprio Braga Netto, que agora está indiciado pela PF, recebeu durante a pandemia, em poucos meses, R$ 926 mil. O ex-ministro de Minas e Energia do Bolsonaro [Bento Albuquerque], recebeu R$ 1 milhão em dois meses. Há vários penduricalhos, incluindo indenização por férias não tiradas, auxílio-moradia para quem já mora na cidade, é de uma criatividade impressionante. O auxílio-plano de saúde para desembargadores e grandes servidores é outro exemplo. É sério que recebendo R$ 44 mil por mês não dá para pagar um plano de saúde? As pensões das viúvas e filhas dos militares, mais um exemplo.

“Mesmo sendo um número restrito de servidores, é um custo muito alto. Estamos falando de R$ 5 bilhões por ano.”

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Boulos e Lula em carro durante caminhada na Av. Paulista
O petista cancelou a ultima agenda com o psolista por causa da chuva
Marina Silva, Luiza Erundina, Guilherme Boulos, Lula e Marta Suplicy na Av. Paulista no sábado (5/10)
Marta Suplicy e Guilherme Boulos em carreata na Brasilândia
Erundina, Boulos e Haddad em caminhada em Heliópolis
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Boulos discursa em ato de campanha

Leandro Paiva/Divulgação
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Boulos e Lula em carro durante caminhada na Av. Paulista

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O petista cancelou a ultima agenda com o psolista por causa da chuva

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Marina Silva, Luiza Erundina, Guilherme Boulos, Lula e Marta Suplicy na Av. Paulista no sábado (5/10)

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Marta Suplicy e Guilherme Boulos em carreata na Brasilândia

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Erundina, Boulos e Haddad em caminhada em Heliópolis

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Lula e Boulos durante caminhada na Av. Paulista

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Boulos posa ao lado de mascotes durante agenda de campanha

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Boulos em aula pública de cursinho popular na zona sul

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Candidato à Prefeitura de SP, Guilherme Boulos (PSol) chega ao debate do SBT em 20/9

Lourival Ribeiro/SBT e Rogerio Pallatta/SBT
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Boulos e Marta em ato na Praça da Sé, no centro de SP

Leandro Paiva/Divulgação Boulos
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Juliana Arreguy/Metrópoles

Já que você citou o Braga Netto, essa semana o seu partido, o PSol, divulgou uma nota contra a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Você também é contra a anistia?

Lógico, absolutamente contra.

Por quê?

Se alguém comete um crime contra a democracia, você punir quem comete não é uma questão de vingança, é uma questão de mensagem para o futuro. Se a PF descobre um plano em que o candidato a vice da chapa derrotada, de dentro do Palácio do Planalto, com o apoio dos setores das Forças Armadas, com provável consentimento e apoio do presidente da República, planeja matar o presidente eleito, o vice-presidente eleito e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, se isso passa batido em nome de uma pretensa pacificação, o resultado disso não vai ser pacificação. Vai ser que da próxima vez eles não vão só planejar, eles vão executar.

“Quando a sociedade não acerta contas com os seus traumas históricos, o resultado disso é a repetição como sempre vimos ao longo da história. Fazer esse acerto de contas não é uma vingança política contra o Bolsonaro e o seu grupo. Fazer esse acerto de contas é uma forma de dizer que quem ultrapassar a linha vermelha do golpe contra a democracia vai ser punido com rigor. Isso é essencial para um elemento civilizatório.”

Isso também é uma forma de frear o crescimento da extrema direita?

Olha, não é contra a extrema direita. Eles têm lideranças como o Bolsonaro, ainda que inelegível, o Marçal, que já se anuncia como presidenciável e que pode ocupar um lugar de destaque nesse campo mais histriônico, e o próprio Tarcísio, que embora coma de garfo e faca e se venda como civilizado, representa esse projeto de extrema direita. O que se trata, neste caso, é a preservação da democracia brasileira.

Com a ascensão de novos nomes como o Marçal e a eleição do Donald Trump nos Estados Unidos, você vê algum paralelo entre o momento político atual e aquele vivido em 2018, quando Bolsonaro foi eleito presidente?

A extrema direita tenta se apresentar como uma resposta à frustração de amplas massas com a economia, em momentos nos quais o sentimento antipolítica é mais forte e há insegurança com o futuro. Foi assim que a extrema direita fascista e nazista cresceu no pós-crise de 1929. Na Europa e nos Estados Unidos, hoje, eles alegam que a culpa de você não ter um emprego decente ou de estar desempregado é do imigrante que está tomando o seu lugar. Eles jogam esse ressentimento contra uma parcela da população. Aqui no Brasil, a extrema direita diz que a culpa de você estar sem emprego, ferrado e sem perspectiva é de uma esquerda que tomou o Estado para ajudar somente os mais pobres com o Bolsa Família e que não está nem aí para o trabalhador, de quem só quer cobrar impostos. O Estado é tratado como corrupto por excelência e eles se colocam contra um sistema que envolve ainda a mídia e o Judiciário, alegam que há um consórcio comunista que inclui absolutamente tudo o que não seja da extrema direita. Esse discurso ganhou uma base social relevante e é mantido também por uma estrutura de atuação nas redes sociais bastante eficiente. Não há um novo movimento, há reciclagens internas desse movimento. O que a gente viveu pré-2018 foi o surgimento de um campo da extrema direita relevante no Brasil. Esse campo, hoje, passa por renovações e reciclagens.

O prefeito Ricardo Nunes explorou muito, durante a campanha, o fato de você não ter experiência no Executivo, de gestão ou de gerência. Você tem vontade ou mesmo encara a possibilidade de assumir um ministério ou secretaria para ganhar essa experiência?

Esse discurso é falacioso. Qual a experiência que o Lula tinha no Executivo antes de ser presidente da República? Nenhuma. Pegando no campo deles, qual a experiência no Executivo que o Bolsonaro tinha antes de ser presidente da República? Zero. Esse discurso fez parte de uma estratégia de marketing da campanha do Ricardo Nunes para tentar nos desqualificar junto com a tentativa de me associar ao caos, à desordem, pela minha atuação no movimento social. Acho que não cabe entrar neste tipo de jogo.

Mas você não tem vontade de assumir um ministério?

Quem recebeu 60 milhões de votos para definir quem serão os ministros foi o Lula.

E em 2028 tem vontade de tentar a Prefeitura de São Paulo de novo?

Não estou pensando nisso hoje. Saí de uma campanha muito dura, talvez das mais duras da história recente. Acho que ninguém nunca viu uma campanha marcada por tanta baixaria, violência física entre candidatos em momentos de debate, por um nível de mentira tão avassalador na sociedade. Nesse momento, saindo da campanha de São Paulo, meu foco agora é honrar meu mandato, pelo qual fui eleito por mais de um milhão de paulistas.

Alguns petistas afirmam que você só vai conseguir se eleger prefeito se trocar de partido. Considera, um dia, mudar para o PT?

Isso não está colocado. Eu tenho uma relação muito boa com o PT. Essa relação de confiança se fortaleceu ao longo da nossa campanha aqui em São Paulo. O presidente Lula foi muito parceiro. A presidente Gleisi foi muito parceira. O Kiko e o Laércio, presidentes estadual e municipal, foram muito parceiros. A militância do PT abraçou a campanha como um todo, assim como no meu partido, o PSol, o pessoal se empenhou de corpo e alma no nosso processo eleitoral aqui em São Paulo. Então, estou bem onde estou.

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