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Explosão de casos espalha epidemia de dengue em bairros da zona norte

2 em cada 3 bairros da região têm mais de 300 casos por 100 mil habitantes; zona norte tem o maior número proporcional de bairros atingidos

atualizado

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Ilustração do mapa de São Paulo em vermelho com o mosquito da dengue sobre ele
1 de 1 Ilustração do mapa de São Paulo em vermelho com o mosquito da dengue sobre ele - Foto: Mia M./Arte/Metrópoles

São Paulo – Dois em cada três distritos da zona norte de São Paulo estão em situação de epidemia de dengue. A região é uma das mais afetadas pela explosão de casos na capital paulista e tem o maior número proporcional de bairros em epidemia da doença até o momento: 12 dos seus 18 distritos.

A zona leste da cidade, territorialmente maior, tem a mesma quantidade de bairros em epidemia, mas ainda possui 19 distritos com situação considerada mais controlada.

Juntas, as zonas norte e leste somam 24 dos 31 distritos da capital paulista que estão com epidemia de dengue neste momento, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura. Os dados levam em consideração casos registrados até 6 de março e foram divulgados nesta segunda-feira (11/3).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que um local tem epidemia de dengue quando o número de casos ultrapassa a marca de 300 a cada 100 mil moradores. Em uma semana, a quantidade de bairros que superaram esse índice mais do que dobrou em São Paulo.

No levantamento divulgado pela Prefeitura no dia 4 de março, e que incluía os casos registrados até 28 de fevereiro, a cidade tinha 15 dos 96 distritos em situação de epidemia. O número naquela semana também já era mais de duas vezes maior que o do período anterior, quando apenas seis distritos superavam a incidência da OMS.

O local com a maior incidência de casos no momento é a Vila Jaguara, na zona oeste, onde a taxa fica em 4.230 registros a cada 100 mil habitantes. Um terço dos distritos da região também está em epidemia de dengue.

Depois da Vila Jaguara, os piores índices da doença são registrados nos bairros de São Domingos, na zona norte, e Itaquera, na zona leste.

O centro da cidade não tem nenhum distrito em epidemia. Na zona sul, apenas os bairros de Campo Limpo e Jardim São Luiz têm mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

O Campo Limpo, no entanto, é o terceiro distrito com mais casos da doença em número absolutos e tem 1.102 registros da dengue. O bairro com mais infectados é Itaquera, na zona leste, com 2.125 casos. Em segundo lugar está Tremembé, na zona norte, com 1.334 registros.

Mortes

Como mostrou o Metrópoles, a cidade de São Paulo se tornou o município paulista com mais mortes por dengue neste ano, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. De acordo com painel da pasta, a capital registrou mais cinco vítimas da doença nesta segunda-feira (11/3), chegando ao total de 8.

São 45.986 casos confirmados de dengue na cidade, o que representa uma taxa de incidência de 401 casos para cada 100 mil habitantes.

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção da dengue

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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