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Ex-secretário teve prisão temporária negada antes de matar a mãe

Depois que família descobriu abusos contra sobrinho, ex-secretário matou própria mãe, o cachorro da família, além de cometer suicídio

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Secretário do Guarujá que matou a mãe, cão e cometeu suicídio após ser exonerado do cargo e família descobrir que ele estuprava sobrinho autista. - Metrópoles
1 de 1 Secretário do Guarujá que matou a mãe, cão e cometeu suicídio após ser exonerado do cargo e família descobrir que ele estuprava sobrinho autista. - Metrópoles - Foto: Reprodução/ LinkedIn

São Paulo Antes de cometer suicídio e matar a própria mãe e o cachorro da família na última terça-feira (17/9), Thiago Felipe de Souza Avanci, ex-secretário municipal de Guarujá, cidade no litoral de São Paulo, teve a prisão temporária negada pela Justiça.

Dias antes dos assassinatos, Thiago já vinha sendo investigado por abusar sexualmente do seu sobrinho, que é uma pessoa com transtorno de espectro autista.

De acordo com informações reveladas pelo portal G1, o juiz da 2ª Vara Criminal de Guarujá decidiu, no dia 12 de setembro, que a prisão temporária não era imprescindível para a sequência das investigações pelo crime de estupro de vulnerável. A decisão do juiz acolheu uma manifestação de um promotor de Justiça de Guarujá contra a prisão temporária do investigado.

Apesar disso, algumas medidas protetivas foram concedidas, como a proibição de que o ex-secretário se aproximasse da vítima em um raio de 200 metros.

Entenda o crime

Há aproximadamente 15 dias, o adolescente, vítima dos estupros, relatou à psicóloga que sentia dores na região do ânus. O fato chamou a atenção da profissional e dos pais do adolescente.

Passados alguns dias, Thiago entregou ao irmão, que é pai do menino, um pen drive com as imagens dos abusos.

Após ver o conteúdo, os pais do adolescente registraram um boletim de ocorrência de estupro de vulnerável na Delegacia de Defesa da Mulher.

Na última terça-feira, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa onde Thiago morava e apreendeu um revólver.

O ex-secretário não estava em casa no momento da ação, mas compareceu mais tarde na delegacia para prestar depoimento e entregou outra pistola. Ele foi liberado e, horas depois, assassinou a mãe, o cachorro da família e tirou a própria vida.

No local dos assassinatos, os policiais também apreenderam quatro celulares de Thiago, um notebook, um pen drive, um revólver, uma adaga e munições.

A perícia foi acionada e o caso foi registrado como homicídio e suicídio na delegacia da cidade, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) ao Metrópoles.

Busque ajuda

Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

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