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Ex-PM “justiceiro” acusado por 10 mortes sai da cadeia para depor

Conhecido como Tartaruga, o ex-PM Eduardo Miquelino cometeu os crimes no espaço de um ano em dois bairros da zona sul da capital paulista

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Divulgação/Polícia Civil
Imagem colorida de homem careca no centro, com armas em uma montagem em ambos os lados - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem careca no centro, com armas em uma montagem em ambos os lados - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo O ex-policial militar Eduardo Alexandre Miquelino (foto em destaque), de 46 anos, conhecido como Tartaruga, foi expulso da corporação após ser condenado por homicídios nos quais ele acreditava fazer justiça com as próprias mãos, segundo investigações da Polícia Civil. O ex-PM foi conduzido ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), nessa terça-feira (23/4), a pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP), para prestar depoimento sobre um assassinato investigado pelo departamento da Polícia Civil.

O teor do interrogatório dele não foi informado, para não atrapalhar o andamento das investigações.

Contra Tartaruga existem ao menos dez inquéritos por homicídios, ocorridos entre 2014 e 2015, ano em que ele foi preso. Os assassinatos em série, segundo denúncias da Promotoria, ocorriam nas regiões do Capão Redondo e Jardim Herculano, ambas na zona sul da capital paulista.

Ele já foi julgado e condenado por alguns dos assassinatos, somando, até o momento, 46 anos de prisão em regime fechado. Por ter sido desligado da corporação, Eduardo foi transferido do Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte paulistana, para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Duas condenações em 14 dias

O ex-PM foi condenado, entre os dias 7 e 21 agosto de 2017, respectivamente pelos homicídios de José Carlos Cotrim da Silva, na véspera de Natal de 2014, e Adam de Aguiar Santana, em setembro de 2015.

No homicídio de José Carlos Cotrim, o ex-PM deu sete disparos na vítima, que estava perto de casa com o irmão e uma criança de 3 anos de idade.

O então policial, segundo documento da Corregedoria da PM obtido pelo Metrópoles, “surgiu” em uma moto vinho, cuja placa estava obstruída com um pedaço de papelão. Ele atirou contra a vítima e chegou a apontar a arma para o irmão de José, mas a munição aparentemente teria acabado e o então PM fugiu.

De acordo com o MPSP, Tartaruga era conhecido por agir como “justiceiro” na zona sul de São Paulo, onde morava, com o intuito de “limpar o bairro”.

A reportagem apurou que, até o momento, existem ao menos 13 processos contra o ex policial, todos por homicídio.

A defesa dele não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

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