Ex-PM e advogado: quem vai assumir a cadeira do vereador cassado em SP
Adriano Santos, do PSB, assumirá vaga deixada por Camilo Cristófaro (Avante), vereador cassado por racismo nesta terça-feira (19/9)
atualizado
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São Paulo – Com a cassação de Camilo Cristófaro (Avante) por racismo, na noite desta terça-feira (19/9), o suplente Adriano Santos, do PSB, partido do qual Camilo era filiado quando foi eleito, em 2020, assumirá a cadeira vaga de vereador na Câmara Municipal paulistana, composta por 55 parlamentares.
Adriano é ex-policial militar, advogado criminalista e foi tesoureiro (2016-2018) e diretor adjunto (2019-2020) da subseção de São Miguel Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Seu reduto eleitoral é o Jardim Helena, bairro da zona leste da capital onde foi criado e atua como líder de projetos sociais.
Em 2020, recebeu 5.813 votos para vereador. Embora não tenha sido eleito, ficou como suplente e chegou a assumir uma cadeira na Câmara em fevereiro do ano passado. Ele ocupou a vaga por um mês durante a licença do vereador Eliseu Gabriel (PSB).
Na ocasião, ele sinalizou que priorizaria a região de onde veio em seu mandato.
“Quero atuar, principalmente, na região que eu venho, que é a zona leste. Tem um problema muito grave de assistência social. As pessoas moram em casas de madeira, próximas de rios, principalmente do Rio Tietê. Então, preciso trabalhar bastante na área da assistência. E outra área que eu acho muito importante para qualquer parlamentar é a da educação”, disse Adriano à Câmara Municipal em 2022.
No início da tarde, horas antes da votação pela cassação de Camilo, Adriano publicou nas redes sociais a seguinte frase: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”.
Vereador cassado
Camilo Cristófaro foi cassado nesta terça por quebra de decoro parlamentar por causa de uma declaração racista. Em sessão virtual em maio do ano passado, o parlamentar disse que não lavar a calçada era “coisa de preto”.
O vereador não recebeu nenhum voto a favor de sua permanência: foram 47 votos pela cassação e 5 abstenções, dos vereadores Coronel Salles (PSD), Paulo Frange (PTB), Rute Costa (PSD), Sansão Pereira e Atílio Francisco (Republicanos).
A sessão de julgamento de Camilo foi feita em meio a uma série de gritos das galerias do plenário e acusações de Camilo de que o público presente havia recebido pagamento para pressionar por sua saída.