Ex tentou entrar na casa de vítima após linchamento, diz testemunha
Apontada como mandante de agressão, Vanessa de Almeida teria tentado entrar na casa de Osil Guedes horas após ele ser espancado no Guarujá
atualizado
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São Paulo – Testemunhas ouvidas pelo Metrópoles afirmam que a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida tentou entrar na casa de Osil Vicente Guedes, na madrugada de quinta-feira (4/5), horas depois de ele ser espancado por quatro homens e levado em estado grave para a UTI do Hospital Santo Amaro, no Guarujá, litoral de São Paulo. Osil morreu no domingo (7/5), em decorrência dos ferimentos.
Conforme revelado pelo Metrópoles, a mulher é apontada pela família do comerciante como a mandante do crime. Segundo parentes de Osil, ele havia sido espancado pelo mesmo grupo no dia anterior.
Em áudio enviado a uma sobrinha que mora em Pernambuco, ao qual o Metrópoles teve acesso, Osil afirma que Vanessa havia chamado “três traficantes” para espancá-lo. E que um deles seria cunhado da psicóloga.
Ouça abaixo:
Vanessa é ex-companheira de Osil. Eles moraram juntos por cerca de 1 ano e se separaram recentemente.
Testemunhas afirmam que, por volta de 2h da manhã de quinta-feira (4/5), Vanessa apareceu dizendo que precisava entrar na casa de Osil para pegar um documento. A psicóloga teria telefonado para um vizinho do ex-companheiro e pedido para que ele abrisse a porta.
“Ela queria que alguém abrisse a porta para ela. Disse que era uma amiga dele, que queria entrar para pegar um documento do filho dele”, disse uma testemunha que mora próximo à residência de Osil e que preferiu não se identificar. Familiares do comerciante confirmaram a informação.
Osil Vicente Guedes teve a morte encefálica confirmada no último domingo (7/5). O corpo está sendo velado no Cemitério da Consolação, em Vicente de Carvalho, no Guarujá. O sepultamento está previsto para às 10h30.
Assista ao vídeo abaixo:
O Metrópoles tentou contato mais de uma vez com Vanessa Regina Benedito de Almeida, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Relacionamento conturbado
De acordo com familiares de Osil, ele teria conhecido Vanessa por telefone, quando procurou apoio psicológico para tratar seu quadro de depressão. O homem tomava medicamentos de tarja preta.
Após quatro meses de consultas, a mulher teria dito que estava apaixonada e que não poderia mais atender Osil, segundo pessoas próximas.
“Ele procurou um psicólogo, com esses problemas de depressão, e começou a consultar com ela. Quatro meses depois, ela falou para ele: ‘Não posso ser sua psicóloga porque eu estou apaixonada’”, afirmou um familiar de Osil, que pediu para não ser identificado.
De acordo com o parente, os dois foram morar juntos pouco tempo depois. “Ele até mandou buscar o filho dele que estava no Nordeste para morar junto. Estava tudo bem até então. Ele vivia lá sempre em contato com ela”.
Depois de uma briga, o casal teria decidido se separar, e Osil alugou uma casa para morar sozinho com o filho, de 11 anos.
Pessoas próximas afirmam que a separação fez com que o quadro de depressão do comerciante se agravasse. Dias antes de sua morte, Osil teria “surtado”.
Ele teria enviado a Vanessa vídeos dizendo que iria se matar e pedindo que ela cuidasse de seu filho. A mãe do menino, que mora no interior do estado, foi buscar o garoto, com medo de que ele fosse levado pelo Conselho Tutelar.