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Ex-GCM acusado de integrar “milícia” no centro se entrega à polícia

Elisson de Assis estava foragido desde terça-feira, quando o MPSP deflagrou operação no centro de São Paulo contra suposta milícia

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra homem fardado em frente a rua suja - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — O ex-guarda civil municipal Elisson de Assis, acusado de integrar uma milícia que extorquia comerciantes no centro de São Paulo, se entregou à polícia no início da tarde desta quarta-feira (7/8), no 93º Distrito Policial da capital, no bairro do Jaguaré, na zona oeste. O GCM foi alvo de um mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Salut et Dignitas, deflagrada pelo Ministério Público do estado nessa terça-feira (6/8).

Segundo promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Elisson de Assis mantinha “empresas de segurança” que ofereciam aos comerciantes um serviço de “proteção” contra criminosos e usuários de drogas.

O afastamento de Elisson da GCM foi confirmado nesta quarta-feira, em publicação no Diário Oficial do município.

Além dele, dois guardas civis municipais foram presos: Antônio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas. Rubens Alexandre Bezerra, ex-GCM, segue foragido.

Durante as investigações, os promotores tiveram acesso à planilha nomeada como “lista de colaboradores de boa fé que pagaram a segurança”, que mostra quais comerciantes eram extorquidos pela milícia.

Stive Monitoramento

Segundo o Gaeco, uma das empresas de “segurança” por meio da qual a “milícia” prestava serviço é a Stive Monitoramento, no nome de Mayara Ximenes do Nascimento, esposa de Elisson de Assis.

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Olheiro observa movimentação
MPSP identificou ao menos três pontos onde ficam vigias do PCC
Usuários de crack
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Equipamento usado para monitorar frequência da polícia, conhecido como "vassourinha"

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Olheiro observa movimentação

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MPSP identificou ao menos três pontos onde ficam vigias do PCC

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Usuários de crack

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Os promotores apontam que o guarda civil e a esposa realizaram movimentações financeiras atípicas, de acordo com relatório do Coaf. Elisson recebeu 18 transações via Pix, provenientes de Odelma Aparecida Costa dos Santos, totalizando a quantia de R$ 22.194,50.

Em 21 de julho de 2023, por exemplo, o pai de Mayara recebeu uma transferência de R$ 603.303.

R$ 3 millhões em 6 meses

Relatórios do Coaf obtidos pelos promotores também apontam movimentações suspeitas de Antônio Carlos Amorim Oliveira. O GCM, acusado de integrar a milícia, recebeu mais de R$ 3 milhões em seis meses, entre junho e dezembro de 2021. Dessa quantia, R$ 702.870 foram creditados por meio de 181 depósitos em espécie.

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia
Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da  cracolândia
Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local
Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020
Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo
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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia

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Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

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Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local

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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020

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Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo

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Dependente químico segura cachimbo de crack na região da Luz, em São Paulo

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Homem sentado no chão na Rua Prates

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Homem sentado na Praça Marechal Deodoro, com coberta azul, tomando sopa

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Fluxo da Cracolândia, no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Pessoas no fluxo da Cracolândia, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Em situação de rua, Júlio César Ferreira da Silva, 33 anos, ao lado de seu cachorro, Scooby

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Barracas montadas nas grades do Parque da Luz, em frente à estação, na região central de São Paulo

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Pessoas deitadas na calçada no entorno do Parque da Luz, em São Paulo

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Pessoas em situação de rua carregam sacos sobre as costas no Bom Retiro

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Abordagem de pessoa em situação de rua na Prates, no Bom Retiro

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Homens aguardam sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas formam fila à espera de sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas pegam potes de sopa na Praça Marechal Deodoro

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População em situação de rua sob o Minhocão, em São Paulo

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Pessoas reunidas na Feira do Rolo, na Avenida São João, região central

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Eles ocorreram de forma fragmentada, por meio de empresas de estados distantes de São Paulo, o que, para os promotores, indica “clara atividade de lavagem de capitais”, tendo em vista que “esse dinheiro movimentado é muito maior do que a sua capacidade financeira”.

“Desconheço milícia”

Em entrevista coletiva realizada na tarde dessa terça-feira (6/8), após a operação do MPSP, o promotor Lincoln Gakiya, que comanda o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) reafirmou as suspeitas sobre a existência milícias no centro de São Paulo.

Apesar disso, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse desconhecer a atuação de milícias na região.

“A prefeitura desconhece milícia atuando na cidade de São Paulo. O que a prefeitura tem é um regime muito rígido com relação a sua Guarda Civil Metropolitana, até pela consideração e reconhecimento. Temos 7.500 homens e mulheres. Em respeito a eles, temos um sistema muito rígido em relação à separação de um ou outro indivíduo que cometa algum ato fora dos padrões e ilícitos”, afirmou Nunes.

O prefeito de São Paulo citou o caso de Elisson de Assis, que foi alvo de suspeitas de extorsão em julho do ano passado. Na época, a prefeitura solicitou que o MPSP pedisse a prisão dele.

Em reservado, promotores do Gaeco afirmam que o pedido feito pela prefeitura trouxe publicidade ao caso e atrapalhou as investigações.

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