Ex-GCM é absolvido da acusação de matar menino de 11 anos em SP
Ex-agente da GCM de São Paulo era acusado de matar um menino de 11 anos com um tiro na cabeça durante perseguição a um carro roubado
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A Justiça absolveu, nessa terça-feira (5/9), o ex-agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) Caio Muratori, acusado de matar um menino de 11 anos com um tiro na cabeça durante perseguição a um carro roubado. O caso aconteceu em junho de 2016, na zona leste de São Paulo.
O júri popular decidiu pela inocência do réu em julgamento ocorrido no Fórum da Barra Funda, zona oeste da capital. “Posto isto, julgo improcedente a pretensão punitiva estatal e o faço para absolver o réu Caio Muratori, nos termos do artigo 386, VI do Código de Processo Penal”, diz a sentença do juiz Jair Antonio Pena Júnior, da 1ª Vara do Júri.
Caio foi preso em flagrante por homicídio culposo, mas pagou fiança e respondia às acusações em liberdade. A Prefeitura de São Paulo afastou Caio e outros dois guardas envolvidos na ocorrência ainda em 2016.
Investigação
Segundo a Polícia Civil, o menino e mais dois suspeitos estavam roubando moradores do bairro. Uma viatura da GCM com três guardas foi avisada por um homem que havia sido roubado pelo grupo. Eles estavam em um Chevette e foram localizados pelos GCMs.
O carro não teria obedecido ao pedido de parada e começou uma perseguição. Caio teria atirado quatro vezes contra o carro. Os tiros acertaram o vidro traseiro e um dos pneus. O carro parou em uma rua próxima a uma quermesse e dois suspeitos fugiram a pé.
Os frequentadores da festa notaram que uma criança estava baleada agonizando dentro do carro. O menino foi levado para um hospital da região, mas não resistiu.
O caso foi investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado responsável pelas investigações apreendeu o carro dos ladrões e encaminhou para perícia. Não havia indícios de que os ocupantes do veículo atiraram contra os guardas. Nenhuma arma foi localizada.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Caio, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.