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Estudo mostra que mar pode “engolir” parte de Santos e do Rio até 2050

Novos dados do Pnud e do CIL apontam o impacto das mudanças climáticas nas inundações costeiras; milhares de pessoas podem ser prejudicadas

atualizado

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Divulgação/Prefeitura de Santos
foto colorida de ressaca em praia de Santos, mostra água do mar avançando para a calçada - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de ressaca em praia de Santos, mostra água do mar avançando para a calçada - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos

São Paulo — Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revela que parte da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, pode ser “engolida” pela água do mar até 2050. O fenômeno, que deve impactar a vida de milhares de pessoas, será provocado pelo reflexo das mudanças climáticas nas inundações costeiras, sugere o trabalho divulgado nessa terça-feira (28/11).

O município do Rio de Janeiro também é mencionado no estudo (veja a lista completa abaixo). “Até 2050, segundo as projeções, centenas de cidades costeiras altamente populosas estarão expostas a risco de inundação, incluindo terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades como Santos, no Brasil; Cotonou, no Benin; e Calcutá, na Índia”, diz trecho da pesquisa, divulgada às vésperas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP28).

Os dados são do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Climate Impact Lab (CIL) e apontam que a América Latina, o Caribe, o Pacífico e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento vivem a situação mais preocupante.

Essas localidades correm o risco de perder, para inundações permanentes, significativas porções de terra e infraestrutura. “Centenas de cidades altamente populosas estarão expostas a risco mais elevado de inundação se mantido o atual ritmo de emissões [ de gases de efeito estufa]”, diz o estudo.

Os impactos nas regiões costeiras, geralmente locais de grandes centros sociais e econômicos, podem desencadear retrocessos no desenvolvimento humano em todo o mundo, segundo o Pnud.

“Os efeitos da elevação do nível do mar colocarão em risco décadas de progresso do desenvolvimento humano em zonas costeiras densamente povoadas, onde vive uma em cada sete pessoas no mundo”, afirma Pedro Conceição, diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud.

Veja a lista

Sem defesas nas linhas costeiras, no pior cenário de aquecimento até o fim deste século, o estudo projeta que 5% ou mais das seguintes cidades ficarão permanentemente abaixo do nível do mar:

  • Guayaquil (Equador )
  • Barranquilla (Colômbia )
  • Santos (Brasil)
  • Rio de Janeiro (Brasil)
  • Kingston (Jamaica)
  • Cotonou (Benin)
  • Kolkata (Índia)
  • Perth (Austrália)
  • Newcastle (Austrália)
  • Sydney (Austrália)

Procurada pelo Metrópoles, a Prefeitura de Santos informou que vem tomando uma série de medidas para conter o avanço do mar sobre a cidade. Uma delas foi a implantação, em 2018, de barreiras submersas na Ponta da Praia, com a função de diminuir a força das ondas.

Entre outras ações, o município também investe em obras de drenagem e monitoramento e remoção de pessoas das áreas de risco, segundo nota da Prefeitura de Santos.

A Prefeitura do Rio de Janeiro não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestações.

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