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Estudantes da PUC expulsam 2 integrantes do MBL de campus em São Paulo

Segundo os estudantes, membros do movimento foram ao local gravar vídeo como se fossem funcionários da universidade; MBL nega as acusações

atualizado

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Imagem colorida mostra integrantes do MBL discutindo com alunos da PUC - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra integrantes do MBL discutindo com alunos da PUC - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – Estudantes do campus Perdizes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) expulsaram, na tarde desta quinta-feira (3/8), dois coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) que foram à unidade de ensino supostamente disfarçados como jornalistas da TV PUC para entrevistar os jovens. O movimento nega ter tomado tal atitude.

Segundo os estudantes, dois integrantes do MBL (a coordenadora nacional do MBL, Amanda Vettorazzo, e o coordenador do MBL Osasco, Arthur Scarance) e um cinegrafista foram ao campus supostamente se identificando como membros da TV PUC. No local, eles teriam enganado os alunos para gravar perguntas como “o que você acha da liberação do aborto?” ou “o que você acha da liberação da maconha?”, e reagindo de forma vexatória, envergonhando os jovens.

Um grupo de universitários reagiu à presença da dupla e os expulsaram aos gritos de “recua, fascista, recua”. Houve troca de empurrões. De acordo com o Movimento Estudantil da PUC, foi pedido aos coordenadores do MBL que saíssem do campus, mas eles teriam reagido “aos gritos, alegando que seu direito à liberdade de expressão estava sendo violado”.

Os alunos dizem ainda que foram ofendidos de forma “violenta” pelos representantes do MBL, que os teriam xingado de “fascistas de vermelho” e “esquerdalha”. Os universitários ressaltaram que essa é uma “estratégia coordenada pelo MBL” para entrar em universidades, gravar alunos e expô-los nas redes sociais, “submetendo-os ao ridículo”.

Os representantes do Movimento Estudantil reiteraram que os alunos expostos pelo MBL “entrarão com medidas judiciais cabíveis pela exposição indevida de sua imagem”.

Amanda Vettorazzo e Arthur Scarance alegaram que foram agredidos pelos estudantes: “Neste momento acabo de ser expulso da PUC, que é onde me formei em Direito, por um bando de esquerdistas. Fui empurrado, agredido e xingado. Gravei tudo”, disse Arthur Scarance nas redes sociais.

“Acabo de ser agredida e expulsa da PUC aos cantos de ‘recua, fascista’. Estou bem. Gravamos tudo”, publicou Amanda Vettorazzo também nas redes sociais. Ao jornal O Globo, Amanda disse entrará com medidas judiciais por causa dos xingamentos recebidos em seu Twitter.

Em nota, o MBL nega que os diretores tenham se disfarçado de funcionários da TV PUC para gravar as entrevistas. De acordo com o movimento, não havia nenhuma intenção provocativa, e os vídeos seriam para “mostrar a opinião da população sobre a taxação da Shein e sobre a legalização da cannabis no STF”.

Confira o texto: “Um aluno reconheceu Vettorazzo por ser do MBL e começou a ser agressivo, com gritos de ‘facista!’. Rapidamente houve aglomeração de aproximadamente 15 pessoas hostilizando os membros do movimento, chegando a deferir chutes e socos para expulsá-los da Universidade. A alegação dos agressores de que os líderes do MBL se passaram por funcionários da ‘TV PUC’ é falsa e as imagens registradas pelo movimento comprovam isso. Scara chegou a dizer que é ex-PUC, pois já estudou na instituição, mas em nenhum momento se disse funcionário da TV PUC”.

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