Estratégia do PT adia votação de reajuste a policiais na Alesp
Projeto de reajuste enviado por Tarcísio à Alesp gerou ruído com bancada da bala por causa de índices distintos para categoria
atualizado
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São Paulo – O PT conseguiu adiar a votação do reajuste salarial dos policiais na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na noite desta quarta-feira (17/5). A estratégia, antecipada pelo Metrópoles, fez com que o projeto de lei apresentado à Casa pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja votado apenas na próxima terça (23).
Com isso, o PT espera conseguir mais tempo para chegar a um acordo com o governo e aprovar uma emenda ao PLC 75/2023, inicialmente proposta pelo deputado Major Mecca (PL), integrante da bancada da bala e da base governista na assembleia.
A emenda, rejeitada pelo congresso de comissões, propõe aumentar para 20% os índices de reajustes para segundo-tenente e terceiro-sargento da Polícia Militar. O projeto de Tarcísio prevê 13,71% e 15,18%, respectivamente.
O congresso não acatou emendas à proposta, atendendo pedido do governo estadual, que argumentou não dispor de orçamento suficiente para reajustes distintos dos apresentados.
Os deputados da base governista, em especial aqueles que compõem a bancada da bala, foram duramente cobrados por agentes policiais ao longo da última semana. Policiais civis, penais e mesmo militares aposentados reclamaram das diferenças entre os percentuais das categorias.
Os parlamentares, por sua vez, avaliaram que o governo pecou na articulação e que detalhes do projeto só foram revelados quando a proposta foi entregue.
O próprio Tarcísio, na manhã desta quarta, admitiu que “falhou” nas conversas e se comprometeu a enviar um novo projeto de lei com subsídios aos policiais em troca da aprovação do texto original na assembleia.