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Estado registra alta de 46% de doenças diarreicas e capital tem surtos

Foram 245,9 mil casos no estado de São Paulo de doenças diarreicas e oitos surtos na capital paulista com 66 casos até quarta-feira (8/3)

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Movimentação Hospital Sao Paulo
1 de 1 Movimentação Hospital Sao Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O estado de São Paulo teve um aumento de 46,2% de doenças diarreicas, que são causadas por bactérias, vírus e parasitas em água e alimentos. Na capital paulista, do início do ano até quarta-feira (8/3), foram registrados oito surtos dessas enfermidades com 66 casos.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) monitorou 245,9 mil casos desde o início do ano até sábado (4/3). No mesmo período em 2022, foram 168,1 mil ocorrências de infecções que afetam o trato gastrointestinal, como a gastroenterite, e têm como principal sintoma a diarreia.

Taubaté, Araçatuba e Barretos, todas no interior paulista, são as regiões que mais registraram doenças diarreicas. O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Taubaté acompanhou 1 mil casos a cada 100 mil habitantes. Em Araçatuba e Barretos foram 863 e 829, respectivamente.

Capital paulista

Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi notificada do início do ano até quarta-feira (8/3) de oito surtos envolvendo 66 casos de doenças transmitidas por água e alimentos (DTAs) contaminados. O Metrópoles solicitou ao órgão dados de anos anteriores, mas não teve acesso até o momento.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) considera surtos de diarreia ou de DTAs dois ou mais quadros com diarreia aguda ou gastroenterite aguda relacionados em tempo e espaço, ou por uma fonte comum de contaminação.

Sintomas

Diarreia líquida, náusea, vômito, dor abdominal e mal-estar geral são os sintomas mais comuns e podem durar de um dia a uma semana. Alguns pacientes também apresentam febre.

“As doenças diarreicas, principalmente as agudas, podem ser graves e precisam de tratamento médico imediato. Neste período chuvoso, nós reforçamos com os equipamentos de saúde e prefeituras, com destaque para aquelas que sofrem mais com as chuvas, que orientem a população quanto aos sintomas e suspeitas e para que procurem uma unidade o quanto antes para iniciar o tratamento”, diz a diretora do setor de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Estado, Alessandra Lucchesi.

Causa

Durante o verão, as doenças que causam diarreia geralmente são consequência de altas temperaturas, que podem estragar alimentos, ou de enchentes e alagamentos que colocam a água em contato com microrganismos, que também estão presentes em fezes humanas e de animais.

Prevenção

  • Evitar contato com a água e lama de enchentes;
  • Caso seja inevitável, permaneça o menor tempo possível e proteja os pés e as mãos com botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos;
  • Jogue fora medicamentos e alimentos que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados;
  • Na falta de água tratada, uma alternativa é filtrar e ferver a água por três minutos;
  • As unidades de saúde distribuem gratuitamente frascos de hipoclorito de sódio 2,5%, que também é encontrado em mercados e farmácias. O hipoclorito de sódio pode ser usado para diluir na água de beber e cozinhar e para lavar folhas e legumes;
  • Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e de comer.

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