Estado de SP registra primeira morte por febre amarela do ano
Vítima é um homem de 50 anos que morava em Águas de Lindóia, no interior do estado; outro caso, em Serra Negra, está em investigação
atualizado
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São Paulo — O Estado de São Paulo registrou, em Águas de Lindóia a primeira morte por febre amarela de 2024. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a vítima é um homem de 50 anos que morava na cidade do interior, mas frequentava o sul de Minas Gerais.
A morte foi registrada no dia 29 de março, segundo informou a Secretaria da Saúde ao Metrópoles.
“O Estado de São Paulo alerta a população para o risco de contaminação por febre amarela após o registro, no último dia 29 de março, do primeiro óbito confirmado pela doença em 2024. O caso foi em um homem, de 50 anos, morador de Águas de Lindóia e que se deslocava também pela região de Monte Sião, em Minas Gerais”, diz nota da secretaria.
A pasta informou que intensificou as ações de vigilância em saúde e vacinação na região de Águas de Lindóia, “reforçando a importância da vacinação e conscientização sobre a imunização de rotina, não apenas em momento epidêmico ou pandêmico”.
Outro possível caso da doença, em Serra Negra, também no interior do Estado, está sob investigação. O paciente já teve alta.
Sintomas da doença
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Os sintomas duram, em média, três dias e variam entre mal-estar, náuseas, febre, calafrios, vômitos e fraqueza.
O padrão da doença é sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A vacina (foto de destaque) é a melhor forma de prevenção.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a vacina contra febre amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde do estado. Até o último dia 22 de abril, em todo o território estadual, a cobertura vacinal contra a doença era de 68,47%.
Segundo o Ministério da Saúde, a infecção ocorre por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades. O risco é maior em áreas de mata e zona rural que recebem turistas para acampamentos, trilhas e outras atividades.
Desde 1942 não há registro de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.