“Estado de sítio não é crime”, diz Bolsonaro ao chegar a hospital
Em conversa com a imprensa na entrada de hospital em São Paulo, Bolsonaro voltou a se defender da acusação de que teria tramado um golpe
atualizado
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São Paulo — Na chegada ao Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (28/2), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “estado de sítio não é crime”. Bolsonaro se internou para realizar exames de rotina.
Em entrevista à CNN Brasil, o ex-presidente se defendeu da acusação de que teria tramado um golpe enquanto ainda estava no poder.
“A minha defesa não teve acesso ao processo, não sabemos o que está lá. O estado de sítio começa convocando os conselhos da República e da Defesa, incluindo autoridades políticas”, disse Bolsonaro.
“Nada disso foi feito, nem sequer o primeiro passo foi dado. Deixo claro: são dispositivos constitucionais. Se o presidente da República estivesse pensando em usar qualquer dispositivo de forma legal, isso não é crime”, declarou.
Check-up de rotina
Bolsonaro tem se submetido a procedimentos e exames costumeiramente desde o atentado à faca que sofreu em setembro de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha presidencial.
Na ocasião, o ex-presidente sofreu lesões no intestino que provocaram problemas no sistema digestivo. Desde então, ele é internado anualmente para fazer o controle de seu quadro clínico.
Em setembro do ano passado, Bolsonaro passou por dois procedimentos médicos: uma cirurgia para corrigir um desvio de septo nasal e uma endoscopia digestiva. Uma cirurgia para a correção das alças intestinais também estava prevista, mas foi descartada.
Ato na Paulista
Bolsonaro participou, na tarde de domingo (25/2), de um ato de apoiadores na Avenida Paulista. Durante o evento, que reuniu milhares de pessoas, o ex-presidente negou que tenha tramado um golpe de Estado em 2022.
Ele também pediu anistia os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e disse querer “passar uma borracha no passado” em busca de “pacificação”.
“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer a classe política para o seu lado, empresários. Nada disso foi feito no Brasil”, disse Bolsonaro em cima do trio elétrico na Paulista.