Esposa defende policial denunciado por Natuza Nery: “Jamais ameaçaria”
A Polícia Civil investiga o suspeito Arcenio Scribone por ameaça a jornalista. Ao Metrópoles, Rosana Scribone diz que é testemunha do caso
atualizado
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São Paulo — Denunciado por ameaçar a jornalista Natuza Nery, da GloboNews, o policial civil Arcenio Scribone Junior estava, no momento da confusão, acompanhado da esposa, na noite da última segunda-feira (30/12). Em entrevista ao Metrópoles, a companheira do suspeito o defende, diz que é testemunha de que não houve intimidação e que “com as filmagens do mercado a verdade aparecerá”.
Segundo Rosana Scribone, a família do agente está sendo orientada por um advogado. “Estão distorcendo muito essa história, principalmente por ela ser uma pessoa pública e conhecida e meu marido simplesmente um policial que é xingado pela mídia todos os dias”, alega. “Jamais ele ameaçaria alguém, posso garantir. Só queremos a verdade.”
A Polícia Civil investiga o caso, que ocorreu em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. Depois da acusação, o policial foi afastado da função, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP).
Entenda o caso
Segundo a SSP, após ser ameaçada, Natuza acionou a Polícia Militar (PM) por meio do 190. Ela e o agente civil foram conduzidos até o 14º Distrito Policial (DP), onde a ocorrência foi registrada.
Ainda conforme a pasta, a Corregedoria da Polícia Civil assumiu as investigações assim que foi informada do episódio, “realizando diligências no estabelecimento em busca de imagens do ocorrido e eventuais testemunhas”.
Natuza Nery no mercado
Vestida de preto, Natuza entrou em um mercado da região acompanhada de uma criança. Segundo uma testemunha ouvida pelo Metrópoles, a mãe do menor — uma mulher em situação de rua — falou que a jornalista compraria um chocolate para o filho.
Policial civil já atacou urnas e defendeu golpe
Investigador de classe especial, Arcenio Scribone Junior já fez publicações nas redes sociais defendendo golpe militar e questionando o resultado da eleição de 2022. Nos posts, ele dizia que o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a “esquerda no geral” formam uma “quadrilha”.