Esposa e cunhado de homem morto após traição foram a motel se limpar
Rafaela Costa da Silva e Mario Vitorino da Silva Neto foram a motel em Pindamonhangaba cerca de seis horas após a morte de Igor Peretto
atualizado
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São Paulo — Rafaela Costa da Silva e Mario Vitorino da Silva Neto, esposa e cunhado de Igor Peretto, assassinado a facadas no dia 31 de agosto na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo, foram a um motel após o crime. A mulher revelou o acontecimento em depoimento à polícia no dia 6 de setembro.
Os dois, junto de Marcelly Peretto, irmã de Peretto, permanecem presos sob suspeita de homicídio qualificado. Eles teriam matado o empresário para viver um triângulo amoroso, aponta o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
De acordo com o depoimento de Rafaela, ao qual o Metrópoles teve acesso, ela estava indo para a casa da mãe na manhã daquele sábado (31/8) quando Mario ligou pedindo para que ela fosse a São Paulo.
Ele, que estava com Marcelly no carro, encontrou Rafaela em um acostamento da Rodovia Anchieta. O trio seguiu para o Auto Posto Olá Caçapava, no km 124 da Rodovia Carvalho Pinto, onde chegaram aproximadamente às 8h48.
Nesse momento, Mario teria contatado um advogado, que o orientou a trocar de roupa e se lavar. Rafaela, então, comprou uma calça e uma blusa de moletom, de cor preta, conforme disse em depoimento.
Marcelly teria tentado convencer Mario a abandonar Rafaela para fugirem juntos. Ciente de que o marido não faria isso, Marcelly desceu do carro, em Campos do Jordão, e pegou um táxi para retornar à Baixada Santista, por volta das 9h47.
Foi quando Rafaela e Mario foram juntos ao Motel Miami, em Pindamonhangaba, na região do Vale do Paraíba. Lá, o homem teria se limpado e trocado as roupas sujas de sangue. Dali, Rafaela teria voltado para Santos e nunca mais falado com Mario, como informou à polícia.
De acordo com a investigação, eles teriam se hospedado no motel das 12h28 às 15h37. O carro de Mario foi encontrado abandonado no centro de Pindamonhangaba, a pouco mais de 8 km de distância do motel.
Em depoimento, prestado à polícia no dia 25/9, Mário confirmou a versão de que Rafaela foi a uma loja comprar roupas. Ele, no entanto, não mencionou a ida ao motel.
O cunhado da vítima permaneceu os dias seguintes na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha, interior de São Paulo, até ser preso, em 15 de setembro.
Relembre o crime
Câmeras de monitoramento registraram os últimos momentos do comerciante Igor Peretto, de 27 anos, encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto.
Os vídeos mostram os três investigados pelo crime deixando o edifício. São eles: a esposa da vítima, Rafaela Costa; a irmã de Igor, Marcelly Peretto, dona do apartamento onde ocorreu o crime; e Mario Vitorino, amigo e cunhado de Igor.
Rafaela e Marcelly foram filmadas subindo de elevador até o apartamento da irmã de Igor. Rafaela deixou o local sozinha aproximadamente 10 minutos depois, antes da chegada da vítima e do amigo Mario.
Na sequência, os dois homens chegam de carro ao prédio. Eles subiram de elevador e conversavam de maneira mais séria. Pouco depois, Mario e Marcelly deixaram o local juntos e saíram de carro.
Segundo depoimentos, Rafaela tinha um caso com Mario. Além disso, ela também teria tido um envolvimento amoroso com Marcelly no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.
O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, disse que, na noite do crime, ela saiu do imóvel antes da chegada do companheiro porque ficou com medo da reação dele, que havia descoberto a troca de mensagens entre ela e Mario.