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Esposa de Robinho esteve em boate antes do crime: “Noite tranquila”

Vivian Guglielmetti, esposa do Robinho, arrumou a festa na boate onde aconteceu o estupro, crime pelo qual o ex-jogador foi condenado

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Arquivo pessoal
Pista de dança do Sio Café. Ao centro, é possível ver a vítima dançando
1 de 1 Pista de dança do Sio Café. Ao centro, é possível ver a vítima dançando - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo — Vivian Guglielmetti, de 40 anos, esposa de Robson de Souza, o Robinho, afirmou, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, que esteve na boate Sio Café, em Milão, na noite em que o ex-jogador e amigos se envolveram em um estupro coletivo contra uma mulher albanesa, há 11 anos. Ele foi condenado pela Justiça italiana e cumpre pena de nove anos de prisão no Brasil.

No dia do ocorrido, em 22 de janeiro de 2013, Vivian ficou encarregada de preparar uma festa para Rudney Gomes, amigo de Robinho, que completava 34 anos. Um grupo de amigos do ex-jogador havia viajado do Brasil para passar uma semana em Milão.

Além de Rudney, embarcaram Clayton Santos, conhecido como Claytinho; Alexandro da Silva, conhecido como Alex Bita; e Fabio Galan. Juntaram-se ao grupo Ricardo Falco, amigo de Robinho que morava na Itália, e o sambista Jairo Chagas.

Minutos antes do início dos abusos relatados pela vítima, Vivian esteve na boate. A esposa de Robinho teria permanecido no local entre 22h e 1h10. O então jogador e amigos, que haviam saído para jantar, teriam chegado por volta de meia-noite. A casa escolhida para a comemoração do aniversário costumava ser frequentada por brasileiros e era conhecida pelas festas com músicas populares do país.

“Era uma noite tranquila, de segunda-feira, chamada ‘serata braziliana’, em que os brasileiros tocavam pagode. Nas fotos, dá para ver casais de pessoas mais velhas. Não era aquela discoteca lotada de gente”, disse Vivian.

Em e imagens, é possível ver Robinho e os amigos dançando, bebendo e cantando parabéns para Rudney. Segundo a defesa do ex-jogador, os horários em que as fotos teriam sido tiradas geram dúvidas sobre os fatos relatados pela vítima.

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Rodrigo Galan posa para foto no Sio Café, ao fundo é possível ver a vítima, de vermelho, dançando com um homem que seria amigo de Robinho
Mesa montada por Vivian para o aniversário de Rudney
Vítima ao lado de Rodrigo Galan. Eles se encontraram no ano anterior
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Pista de dança do Sio Café. Ao centro, é possível ver a vítima dançando

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Rodrigo Galan posa para foto no Sio Café, ao fundo é possível ver a vítima, de vermelho, dançando com um homem que seria amigo de Robinho

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Mesa montada por Vivian para o aniversário de Rudney

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Vítima ao lado de Rodrigo Galan. Eles se encontraram no ano anterior

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O crime pelo qual o ex-jogador foi condenado teria ocorrido entre 1h59, quando a vítima aparece dançando na pista, e 2h21, quando ela envia mensagem a uma amiga dizendo que estava no carro.

As imagens mencionadas pelos advogados de Robinho teriam passado por uma perícia para comprovar os horários em que foram tiradas. O material, de acordo com eles, teria sido apresentado somente em segunda instância e não teria sido analisado pela Justiça da Itália.

“Ela alega que, em 22 minutos, ficou com falta de ar, desmaiou, acordou no camarim, que o Robinho e o Alex estão em cima dela. Ela se veste, coloca a roupa toda, vai até o carro, troca de carro, esquece a bolsa”, questionou Vivian, que diz ter ido embora sem perceber a presença da mulher.

Vítima

A albanesa, que havia conhecido dois dos amigos de Robinho no ano anterior, teria combinado de se encontrar com eles no local, segundo prints de mensagens cedidos por ela à Justiça italiana. Às 23h08, a jovem foi instruída por Clayton a não se aproximar do grupo enquanto Vivian estivesse lá.

“À 0h43, eu estou cortando o bolo e entregando para todo mundo. Ainda sentei para comer, eu lembro disso. Deu 1h, 1h10, eu falei: ‘Robinho, eu vou embora, hoje é segunda-feira, os meninos têm escola amanhã, você tem treino’. Ele falou: ‘Meus amigos só vão ficar cinco dias, deixa eu ficar mais um pouquinho’. Eu, não querendo ser a chata, falei: ‘Tá bom, não demora’”, relembrou Vivian.

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A mulher, casada com ex-atacante desde 2009, afirma, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, que ele foi vítima de perseguição na Itália, onde foi condenado por estupro coletivo ocorrido em janeiro de 2013, quando era jogador do Milan.
"Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos"
Mesmo com as investigações e a condenação, Vivian é categórica ao dizer que acredita na versão de Robinho
A esposa do ex-jogador diz que, após o companheiro reconhecer a traição, decidiu perdoá-lo. Agora, se dedica a provar que ele teria sido acusado injustamente.
"O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime."
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Oito meses após a prisão do ex-jogador Robson de Sousa, o Robinho, a esposa dele, Vivian Guglielmetti, de 40 anos, defende a inocência do marido.

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A mulher, casada com ex-atacante desde 2009, afirma, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, que ele foi vítima de perseguição na Itália, onde foi condenado por estupro coletivo ocorrido em janeiro de 2013, quando era jogador do Milan.

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"Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos"

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Mesmo com as investigações e a condenação, Vivian é categórica ao dizer que acredita na versão de Robinho

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A esposa do ex-jogador diz que, após o companheiro reconhecer a traição, decidiu perdoá-lo. Agora, se dedica a provar que ele teria sido acusado injustamente.

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"O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime."

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A esposa de Robinho afirma que, na época, chegou a pensar em se separar por conta da traição, mas que “foi convencida pelo marido de que não houve estupro.

“Eu lembro que ele chegou em casa mais ou menos meia hora depois. Eu tinha tomado um energético, porque estava lá desde às 15h. Na hora em que eu fui dormir, fiquei com meu coração acelerado. Fui dar uma caminhada na esteira. Eu estava angustiada, talvez até por causa da situação. O Robinho abriu a porta da academia e falou: ‘O que você está fazendo? Sai daí, vamos dormir’”, acrescentou.

Perdão

Vivian afirmou, no entanto, que só foi informada sobre o que tinha acontecido em março de 2014, quando a polícia italiana bateu na porta da residência do casal.

“Eu estava deitada fazendo drenagem linfática. Coloquei meu roupão, me assustei. Era uma policial mulher e um homem. Ela foi para dentro do quarto comigo, sentou e falou: ‘Você sabe por que estamos aqui? O seu marido está sendo chamado para depor. Houve um episódio em janeiro de 2013… Tem uma moça alegando que foi violentada por eles”, relembrou.

A esposa de Robinho afirmou que, na época, chegou a pensar em se separar por causa da traição, mas que “foi convencida pelo marido de que não houve estupro”. “Eu cheguei em casa e falei: ‘Vou embora, vou pegar meus filhos e estou indo embora’. Ele: ‘Não, pelo amor de Deus. Meu erro foi ter te traído, não vou mais fazer’”.

Condenação de Robinho

O processo contra Robinho na Itália chegou ao fim em janeiro de 2022, com a condenação pela Suprema Corte do país.

Como o Brasil não extradita cidadãos brasileiros para cumprir pena no exterior, foi feito um pedido de homologação da sentença italiana junto ao STJ. Com base na Lei de Migração de 2017, a Corte decidiu que o ex-jogador deveria cumprir pena no Brasil.

Robinho foi preso em 21 de março de 2024. Desde então se encontra na Penitenciária II de Tremembé.

Amigos

Rodrigo Falco foi o único dos amigos de Robinho condenado pelo estupro, também a nove anos de prisão. Sua sentença foi homologada pelo STJ cerca de três meses após a do ex-jogador. Desde junho, Falco cumpre pena na Penitenciária II de Tremembé, assim como Robinho.

Os amigos Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexandro da Silva e Fabio Galan, que retornaram ao Brasil após o ocorrido, não foram denunciados pela Justiça Italiana. A polícia informou à época que não conseguiu localizá-los.

A defesa de Robinho, no entanto, apresentou em abril de 2014 um documento com um os nomes completos de cada um deles e seus respectivos endereços.

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