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Especulada para vice de Nunes, Marta Suplicy rechaça filiação ao PL: “Nada a ver”

Nome da ex-prefeita Marta Suplicy é especulado como possível vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes em arranjo com o PL de Bolsonaro

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Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher loira, de blusa cinza e camisa listrada, na frente de um fundo escuro, sorrindo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher loira, de blusa cinza e camisa listrada, na frente de um fundo escuro, sorrindo - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — Especulada para a vaga de vice na chapa do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), em um arranjo com o PL, a ex-prefeita e secretária Marta Suplicy rechaça qualquer possibilidade de se filiar ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Nada a ver”, disse Marta, em mensagem enviada ao Metrópoles, ao ser questionada sobre a possiblidade de se filiar ao partido comandado por Valdemar Costa Neto. A especulação ganhou o noticiário no início da semana depois que o presidente do PL disse que ex-prefeita seria “um bom nome” para a vice de Nunes.

Secretária das Relações Internacionais da gestão Nunes, Marta foi filiada por 33 anos ao PT, partido pelo qual se elegeu prefeita da capital paulista em 2000. Ela deixou a sigla em 2015 para se filiar ao MDB, no auge da crise do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

No ano passado, Marta se reaproximou dos petistas e fez campanha para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra Jair Bolsonaro, na corrida presidencial. Ao Metrópoles, ela não quis fazer mais comentários sobre a especulação envolvendo o partido do ex-presidente.

Aliados de Marta ouvidos sob reserva pela reportagem afirmam que Marta não se filiaria ao partido de Bolsonaro após uma carreira pública vinculada a pautas feministas de direitos humanos. Além disso, a ex-ministra e ex-senadora já não teria disposição de encarar uma nova eleição por partido nenhum.

Entre a esquerda e a direita

O prefeito Ricardo Nunes vem tentando garantir o apoio de PL à sua candidatura, com o objetivo de agregar tempo de TV à campanha e inviabilizar uma candidatura bolsonarista adversária, sem se contaminar com a rejeição a Bolsonaro. Nunes já teve quatro encontros com o ex-presidente, mas tem evitado abraçar bandeiras radicais e a dar cargos a quadros do bolsonarismo na Prefeitura.

Além do PL, o arco de alianças na mira do emedebista conta com o Republicanos do governador Tarcísio de Freitas, PP, PSD, União, PSDB e Cidadania, além de partidos menores. Pelo peso político, PL e Republicanos são os principais cotados para indicar o nome de vice na chapa à reeleição.

Dentro do secretariado de Nunes, Marta integra a ala incomodada com a proximidade do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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