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Escrivão é condenado por estupro em delegacia no interior de SP

O escrivão Tiago Borges Miguel foi condenado por estupro por forçar mulher a praticar sexo oral em depoimento em delegacia de Franca (SP)

atualizado

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Vítima foi estuprada e obrigada a usar drogas
1 de 1 Vítima foi estuprada e obrigada a usar drogas - Foto: Reprodução/EPTV

São Paulo — A Justiça condenou o policial civil Tiago Borges Miguel a oito anos de prisão em regime fechado, pagamento de indenização de R$ 30 mil e perda do cargo por estupro. O escrivão forçou uma mulher a praticar sexo oral enquanto prestava depoimento na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Franca, no interior de São Paulo.

O caso que levou à condenação de Miguel por estupro aconteceu em agosto do ano passado. Outras duas denúncias são investigadas pela polícia — as vítimas foram testemunhas de acusação no processo. O escrivão já tinha sido preso em junho.

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Segundo denúncia, escrivão forçava vítimas a fazer sexo oral
Vítimas relatam que eram ameaçadas por escrivão
Segundo as vítimas, ele exibia sua arma de fogo e dizia saber onde elas moravam
Escrivão foi preso por acusação de estupro
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Vítima de estupro

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Segundo denúncia, escrivão forçava vítimas a fazer sexo oral

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Vítimas relatam que eram ameaçadas por escrivão

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Segundo as vítimas, ele exibia sua arma de fogo e dizia saber onde elas moravam

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Escrivão foi preso por acusação de estupro

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Na ação, a vítima contou que o escrivão pegou seu celular e passou procurar por fotos. “O acusado então continuou manuseando o telefone e mais uma vez virou o aparelho celular para ela, questionando-a se era ‘bonita e gostosa desse jeito mesmo’ dizendo que ela estava muito bem e de parabéns. Nesta foto, ela estava só de camiseta, sem peças íntimas”, diz trecho da sentença.

O policial então colocou a arma sobre a mesa, disse para vítima ficar “quietinha”, ejaculou, forçou a cabeça dela e a obrigou a colocar a boca em seu pênis. Depois teria introduzido os dedos na vagina e no ânus da vítima.

O escrivão ainda disse que eles ser encontrariam novamente e que sabia onde ela trabalhava e morava.

Na sentença, o juiz Orlando Brossi Júnior, da 3ª Vara Criminal de Franca, destacou que “é inimaginável crer que uma pessoa que é intimada a prestar declarações na CPJ arquitetaria uma estória, permeada de detalhes, inclusive tão repugnantes, a fim de tirar proveito econômico ou simplesmente prejudicar um agente público que nunca havia visto, nem sequer tido contato”.

No processo, o policial alegou inocência. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu. O espaço segue aberto para manifestação.

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