Equipe que achou helicóptero em SP ganhará aeronave com visão noturna
Aquisição será feita no começo de fevereiro; compra inclui também helicóptero blindado contra tiros de fuzil
atualizado
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São Paulo – A equipe da Polícia Civil de São Paulo que fez um estudo, a partir dos sinais de celular dos quatro passageiros do helicóptero que ficou 12 dias desaparecido e foi encontrado na última sexta-feira, com os ocupantes mortos, deverá receber uma nova aeronave, dotada de sistemas de visão noturna, a partir do mês que vem.
A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) abriu uma licitação para a aquisição de um novo helicóptero de monitoramento com sistema eletro óptico infravermelho, imageador térmico e sistema de gravação full HD.
A licitação inclui também a compra de uma segunda aeronave, tática, equipada com sistema de blindagem contra disparos de fuzil e também assentos para que policiais civis possam operar fuzil em operações policiais.
Ambas as aeronaves serão operadas pelo Departamento de Operações Policiais Especiais (Dope), braço da Polícia Civil encarregado de ações de elite.
Na última semana, após um trabalho investigativo do Dope, que envolveu o cruzamento de dados parciais sobre a localização dos celulares dos ocupantes do helicóptero que havia desaparecido e informações apuradas em sobrevoos na Serra do Mar, a área de buscas do helicóptero foi reduzida de 5.000 quilômetros quadradas para um cone com raio de 12 quilômetros.
A nova área foi repassada para a Polícia Militar na noite de quinta-feira (11/1) e, na manhã seguinte, o mistério que já durava 12 dias chegou ao fim – mas de forma trágica, com a confirmação das quatro mortes.
A frota de helicópteros da Polícia Civil é de cerca de 20 aeronaves, a maioria delas estacionada no Campo de Marte, na capital. Em 2019, na gestão João Doria, a polícia já havia comprado helicópteros blindados.
Na documentação da licitação para a compra das aeronaves, o governo do Estado justifica a necessidade da compra do helicóptero com material avançado de rastreamento informando que ela servirá para dar “apoio aéreo às unidades territoriais e especializadas” da corporação e que as aeronaves “auxiliam as equipes médicas coordenadas pela Central Nacional de Transplantes no transporte para realização do seu trabalho”.
Já para a compra do helicóptero blindado, a justificativa é que essas aeronaves “muitas vezes operam em ambientes hostis, em que os criminosos encontram-se armados e não hesitam em atacar a aeronave e seus tripulantes”.