Entregador agredido: “Tenho que processar ou vira costume pegar pobre”
Entregador por aplicativo, José Silva denunciou ter sido agredido por morador da capital paulista e motivou protesto na frente do prédio
atualizado
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São Paulo – José Silva, o entregador por aplicativo que diz ter sido atacado por um cliente na noite da última quinta-feira (28/9), afirmou que vai processar o responsável pela agressão, que é morador do bairro Cerqueira César, no centro da capital paulista.
“Fui pro hospital e cheguei em casa quase de manhã. Perdi realmente muito sangue, fiquei umas quatro horas vazando sangue pelo nariz”, declarou o entregador, ao G1. “Tenho que processar ele porque, se não fizer isso, vai virar costume pegar um pobre e trabalhador na rua e fazer o que quiser.”
De acordo com a vítima, o agressor não era cliente e estava na calçada, na Rua Peixoto Gomide, discutindo com uma mulher. A agressão aconteceu após José Silva passar de bicicleta e buzinar – o que teria irritado o homem.
O entregador quebrou o nariz e ficou impedido de trabalhar, segundo relatou.
Protesto
O caso motivou um protesto de entregadores por aplicativo na frente do prédio em que houve a ocorrência.
Em vídeo nas redes sociais, o entregador de delivery, com o rosto ensanguentado, convocou a manifestação e disse que não teve nem como reagir.
“Não deu nem tempo de tirar a mão do guidão. Ele deu na minha cara”, afirmou o entregador. “Aí, pronto, correu lá para dentro e quebrou o vidro, querendo sair como o certo”, disse.
O jovem agredido conta também que, por sorte, chegaram outros motoboys e “evitaram de acontecer o pior”.
Durante a manifestação, vidros e um portão do prédio foram quebrados. A Polícia Militar foi acionada e as imagens das câmeras ainda estão sendo analisadas.