Entenda por que a Justiça barrou a pesquisa eleitoral em Campinas
Coligação de Rafa Zimbaldi (Cidadania) alega inconsistências na amostra. Jornal da cidade impedido de divulgar pesquisa aponta censura
atualizado
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São Paulo — A Justiça Eleitoral proibiu, em caráter liminar, a circulação do resultado de uma pesquisa de intenções de votos em Campinas, realizada pelo instituto Olhar Público sob encomendada pelo jornal Correio Popular.
No registro da pesquisa no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sob o número SP-02758/2024, o Olhar Público afirma que o plano amostral foi elaborado com base nos resultados do Censo de 2010 e 2022 para a cidade. O advogado do jornal Correio Popular, Pedro Maciel, negou qualquer inconsistência na amostra.
“As alegações da coligação do deputado Rafael Zimbaldi são, segundo nos afirmou o instituto de pesquisas, genéricas e inconsistentes. O instituto nos garantiu que a pesquisa reflete a realidade e que a metodologia é adequada e, tecnicamente, correta e inatacável”, disse Maciel ao Metrópoles.
Censura na capa
A decisão de impugnação da pesquisa foi tomada pela juíza Fernanda Silva Gonçalves, da 378ª Zona Eleitoral de Campinas, de forma liminar, sem analisar o mérito do pedido. Na decisão, a juíza escreveu que “caso a representação sob análise venha a ser julgada procedente” a divulgação do resultado da pesquisa teria caráter irreversível.
A pesquisa estava prevista para ser publicada na edição desse domingo (8/9) do Correio Popular. O diretor do Correio Popular, Italo Barioni, afirmou que recebeu a notificação com a ordem para suspender a divulgação da pesquisa no sábado, feriado de 7 de setembro, quando os jornalistas haviam encerrado o expediente. Dessa forma, não havia como substituir o material por outras notícias e a saída foi manter a capa apenas com a palavra censura.