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Entenda por que a Justiça barrou a pesquisa eleitoral em Campinas

Coligação de Rafa Zimbaldi (Cidadania) alega inconsistências na amostra. Jornal da cidade impedido de divulgar pesquisa aponta censura

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Justiça Eleitoral
1 de 1 Justiça Eleitoral - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

São Paulo — A Justiça Eleitoral proibiu, em caráter liminar, a circulação do resultado de uma pesquisa de intenções de votos em Campinas, realizada pelo instituto Olhar Público sob encomendada pelo jornal Correio Popular.

A decisão foi tomada em resposta a uma representação apresentada pela coligação de Rafa Zimbaldi (Cidadania), que alega que a pesquisa não cumpre os requisitos estabelecidos pelo TSE. Zimbaldi é candidato à Prefeitura de Campinas e, nas últimas pesquisas eleitorais, aparece em segundo lugar na disputa, liderada pelo atual prefeito, Dário Saadi (Republicanos).

De acordo com a representação de Zimbaldi, o levantamento apresentaria inconsistências nos dados relacionados à renda, escolaridade e faixa etária dos entrevistados. A campanha do candidato do Cidadania acusa o instituto Olhar Público de ter feito uma aglutinação de informações, resultando em uma distorção significativa nos percentuais divulgados.

No registro da pesquisa no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sob o número SP-02758/2024, o Olhar Público afirma que o plano amostral foi elaborado com base nos resultados do Censo de 2010 e 2022 para a cidade. O advogado do jornal Correio Popular, Pedro Maciel, negou qualquer inconsistência na amostra.

“As alegações da coligação do deputado Rafael Zimbaldi são, segundo nos afirmou o instituto de pesquisas, genéricas e inconsistentes. O instituto nos garantiu que a pesquisa reflete a realidade e que a metodologia é adequada e, tecnicamente, correta e inatacável”, disse Maciel ao Metrópoles.

Censura na capa

A decisão de impugnação da pesquisa  foi tomada pela juíza Fernanda Silva Gonçalves, da 378ª Zona Eleitoral de Campinas, de forma liminar, sem analisar o mérito do pedido. Na decisão, a juíza escreveu que “caso a representação sob análise venha a ser julgada procedente” a divulgação do resultado da pesquisa teria caráter irreversível.

A pesquisa estava prevista para ser publicada na edição desse domingo (8/9) do Correio Popular. O diretor do Correio Popular, Italo Barioni, afirmou que recebeu a notificação com a ordem para suspender a divulgação da pesquisa no sábado, feriado de 7 de setembro, quando os jornalistas haviam encerrado o expediente. Dessa forma, não havia como substituir o material por outras notícias e a saída foi manter a capa apenas com a palavra censura.

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