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Engenheiro que esfaqueou ex-mulher grávida foi preso 10 dias antes

Luis Fernando Silveira, de 32 anos, foi preso por ameaça e violência doméstica 10 dias antes de esfaquear ex-mulher grávida, filha e sogra

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Imagem colorida de uma mulher com rosto borrado e um homem de camiseta preta
1 de 1 Imagem colorida de uma mulher com rosto borrado e um homem de camiseta preta - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — O engenheiro civil preso após esfaquear a ex-mulher grávida, a filha e a sogra, nessa segunda-feira (21/10), em Franca, no interior de São Paulo, havia sido preso 10 dias antes, em 11 de outubro, por ameaça e violência doméstica também contra a ex, Amanda Baldim, de 31 anos.

Na ocasião, Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, de 32 anos, foi solto após audiência de custódia. Amanda, então, solicitou uma medida protetiva de urgência.

Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, no dia 11, Silveira chegou “alterado” ao local onde estavam Amanda e o filho mais velho do casal, de 7 anos, para buscar o menino. O caso aconteceu em Ribeirão Preto, onde vive a família de Amanda.

Quando a mãe se recusou a entregá-lo por conta do estado de Silveira, ele se alterou ainda mais, fez ameaças contra a ex-mulher, chutou o portão da casa e, por fim, cortou os pneus do veículo de Amanda com um canivete. A Polícia Militar foi acionada e ele foi preso em flagrante. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto.

Esta não foi a primeira vez em que Luis Silveira se envolveu com um caso de violência doméstica. Em 2019, também segundo boletim de ocorrência obtido pela reportagem, o engenheiro deu um tapa em Amanda enquanto ela estava com o filho mais velho no colo, na época com 2 anos de idade. O golpe acertou a cabeça da criança.

Amanda também foi expulsa do apartamento onde eles viviam em Ribeirão Preto e, foi nesse momento, que ela acionou a PM. Na ocasião, ele foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 1 mil.

“Inconsequente”, diz família

Na última segunda-feira (21), Luis Fernando invadiu o condomínio onde a família mora, no bairro Jardim Noêmia, em Franca, e atacou a golpes de faca a ex-mulher Amanda, que está grávida de dez semanas, a filha deles, de 1 ano, e sogra, Rosana Baldim, de 53 anos. Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio após ser contido por moradores.

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Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, de 32 anos
Luis e a família
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Chão ensanguentado após ataques nessa segunda-feira (21/10)

Arquivo Pessoal
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Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, de 32 anos

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Luis e a família

Segundo o irmão mais novo de Amanda Baldim, Otávio Baldim Ramazini, a irmã está estável na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Joaquim, em Franca. Segundo ele, Amanda teve o pulmão perfurado e muitos cortes em todo o corpo. No ataque, uma faca de cozinha atravessou o pulso dela, que terá que passar por cirurgia para a reconstrução dos nervos.

Já a mãe de Amanda e a filha tiveram cortes superficiais e foram liberados no mesmo dia, de acordo com Otávio Ramazini.

“A gente [a família] sempre achou que ele fosse meio inconsequente”, disse Otávio sobre o cunhado, Luis Fernando. “No último ano, ele estava muito controlador com ela [Amanda], chegando a limitar o acesso dela a minha família”, revelou ao Metrópoles.

Otávio afirmou que Silveira alegou à polícia estar sendo cerceado do direito de ver o filho. “Isso é uma mentira estarrecedora”, esclareceu o irmão de Amanda. “Minha irmã nunca deixou que ele não visse os filhos. A única exigência que ela fez foi que as visitas fossem assistidas pela Justiça”, indicou.

O irmão contou que, em determinada ocasião, o sobrinho dele foi humilhado pelo pai quando se machucou sozinho brincando no condomínio. “Ele [Luis Fernando] falou que o meu sobrinho era idiota, imbecil, retardado. Esse foi o cume para minha irmã tomar uma atitude mais drástica e tirar os meus sobrinhos desse ambiente”, contou. O casal está separado há cerca de um mês, segundo ele.

“A violência física aconteceu em 2019 e nesse caso de agora, mas os abusos psicológicos foram em todo o relacionamento”, terminou Otávio Ramazini.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como violência doméstica e tentativa de feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca.

O Metrópoles não localizou a defesa de Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira. O espaço está aberto para manifestações.

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