Enel diz ter restabelecido 99,99% da rede elétrica na Grande SP
Segundo Enel, “praticamente todos os clientes impactados” pelas chuvas que atingiram a região na última sexta tiveram situação normalizada
atualizado
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São Paulo – A Enel, concessionária que distribui energia para a Grande São Paulo, disse, nesta sexta-feira (10/11), que 99,99% do fornecimento de energia elétrica da região foi restabelecido, após as chuvas da última sexta-feira (3/11). A empresa não especificou quantos imóveis continuam sem luz.
“A Enel Distribuição São Paulo restabeleceu, até 19h dessa quinta-feira, o fornecimento de energia a praticamente todos os clientes impactados (99,99%) na última sexta-feira (3.11), após a forte tempestade com rajadas de vento de mais de 100km/h. A companhia esclarece que técnicos seguem trabalhando em ocorrências específicas de clientes que ficaram sem luz nos dias seguintes à tempestade”, diz a Enel, em nota.
Nessa quinta-feira (9/11), havia cerca de 1.300 imóveis sem luz nas cidades de Cotia e Embu das Artes. A região, segundo a Enel, era a mais crítica do estado. A concessionária não deixou claro se a situação foi normalizada.
A empresa também disse, na quinta-feira, que havia 30 mil imóveis sem energia elétrica espalhados pela área de concessão que poderiam ou não ter relação com as quedas de árvores provocadas pelas chuvas. Nesta sexta-feira, a companhia não deu detalhes sobre a situação desses imóveis.
Segundo informações da própria empresa, 2,1 milhões de imóveis ficaram sem luz após as fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo — 1,4 milhão apenas na capital.
Nunes defende multa à Enel
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse em entrevista coletiva, na noite dessa quinta-feira (9/11), que apresentou uma ação à Justiça pedindo que a Enel seja multada em R$ 1 mil por hora de atraso no fornecimento de energia para cada um dos imóveis ainda sem luz desde o apagão que começou na última sexta-feira (3/11). O valor total da multa não foi calculado.
Na ação, Nunes pede ainda que a Enel retire, em até 24 horas, as árvores que estão caídas na cidade e que provocaram interferência na fiação elétrica. Segundo informações da Prefeitura, há 3,6 mil pedidos pendentes de desligamento de energia na rede da concessionária para que árvores sejam retiradas ou podadas.
O documento, feito pela Procuradoria Geral do Município, pede, ainda, que a Justiça obrigue a empresa a apresentar um plano de contingência contra tempestades “compatível com as dimensões da cidade de São Paulo” e, em 10 dias, um cronograma de trabalho preventivo contra a próxima temporada de chuvas.