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Emboscada do bando de “novo Marcola” ao PCC teve até batedor em moto

Chacina de integrantes do PCC, resultado de uma vingança pela morte de membro do Bando do Magrelo, reforça clima de terror em cidade de SP

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Imagem de câmera captando rua de noite - Metrópoles
1 de 1 Imagem de câmera captando rua de noite - Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmera Monitoramento

São Paulo — Um carro usado por quatro pistoleiros ligados à quadrilha chamada de Bando do Magrelo foi escoltado por um “batedor do crime”, em uma moto, rumo a uma chacina contra três membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), em Rio Claro, interior paulista, no último sábado (23/11). Até o momento, ninguém foi preso e um dos alvos do atentado, um homem de 35 anos, sobreviveu.

A matança foi uma vingança ocorrida 12 horas após o assassinato de Daniel de Paula Sobrinho, de 29 anos, o Vovô, executado dentro do salão de cabeleireiro de que era dono, no bairro Jardim Palmeiras. Ele era do Bando do Magrelo, cujo principal líder, Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, já se intitulou como “o novo Marcola”.

Imagens registradas por câmeras de monitoramento (assista abaixo) mostram o momento em que os cinco criminosos executam, a tiros, três membros da maior facção do país.

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Gabriel Lima Cardoso, 26, membro do PCC assassinado
José Cláudio Martins Nunes, 50, membro do PCC morto por bando rival
Marcelo Henrique Ferreira, 27, morto a tiros por Bando do Magrelo
Membros do PCC conversam em terreno, ao lado de comércio
Carro com pistoleiros se aproxima, acompanhado por moto
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Anderson Ricardo, o Magrelo, chefe do Bando do Magrelo, preso em 2023

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Gabriel Lima Cardoso, 26, membro do PCC assassinado

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José Cláudio Martins Nunes, 50, membro do PCC morto por bando rival

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Marcelo Henrique Ferreira, 27, morto a tiros por Bando do Magrelo

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Membros do PCC conversam em terreno, ao lado de comércio

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Carro com pistoleiros se aproxima, acompanhado por moto

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Carro de pistoleiros é abandonado, com motor ligado, e batedor foge com moto

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Pistoleiros desembarcam já atirando contra alvos

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O registro em vídeo, obtido pelo Metrópoles, mostra Gabriel Lima Cardoso, de 26 anos; Marcelo Henrique Ferreira, 27; José Cláudio Martins Nunes, 50; e um suspeito, de 35 anos, conversando em frente a um terreno, no bairro das Nações.

O ataque

Às 20h55, um Fiat Mobi branco para abruptamente em frente aos quatro membros do PCC. Do veículo, desembarcam quatro homens, já atirando. O carro é acompanhado por uma moto, da qual o garupa desembarca e se une aos pistoleiros.

Vídeo:

 

Marcelo correu pela calçada e foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca. No meio do terreno, estava o corpo de José Cláudio, com cinco tiros no peito, dois na cabeça e um na nuca.

Gabriel conseguiu ir um pouco mais longe, não por muito tempo, pulando o muro do terreno — no qual José foi morto — mas foi alcançado e executado com cinco tiros na cabeça e um no joelho direito. Ele foi encontrado em uma rua, usada pelos pistoleiros para fugir. Um dos alvos dos tiros, de 35 anos, foi hospitalizado e sobreviveu. Ele ainda irá prestar depoimento à polícia.

Em frente ao terreno no qual as vítimas conversavam, policiais encontraram — após a chacina — munições intactas de calibre 9 milímetros e um carregador prolongado. Até o momento, nenhum dos pistoleiros foi preso.

Guerra com PCC

Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que o Bando do Magrelo é responsável pelo assassinato de pelo menos 30 integrantes do PCC. A rivalidade é motivada pela disputa da rota do narcotráfico na região de Rio Claro, que movimenta milhões de reais todos os meses. A Promotoria identificou que o bando comercializa drogas em, ao menos, oito cidades.

Intitulando-se como “o novo Marcola”, uma referência a Marco Willians Herbas Camacho — o principal líder da maior facção do Brasil –, Magrelo teria dado a ordem para a execução sumária dos integrantes do PCC.

Em uma denúncia obtida pelo Metrópoles, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPSP, afirmou que as execuções promovidas pelo Bando do Magrelo, em via pública, com disparos de fuzil em plena luz do dia, “colocam tristes holofotes na cidade”.

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